Pré-candidato ao Governo, Rigoni confirma que ele e Erick têm “futuro brilhante pela frente”

Pré-candidato ao governo pelo União Brasil elogia o presidente da Assembleia e corrobora que os dois estão próximos e podem se unir na disputa contra Casagrande

Pré-candidato ao Governo, Rigoni confirma que ele e Erick têm “futuro brilhante pela frente”
O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) confirma o que disse à coluna o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), em entrevista publicada aqui nesta segunda-feira (9). De maneira enfática e entusiasmada, o pré-candidato ao governo pelo Republicanos declarou que ele e Rigoni, juntos, têm um futuro brilhante pela frente. Disse ainda que hoje os dois estão bem próximos politicamente e que podem firmar uma aliança eleitoral, talvez até no 1º turno. O pré-candidato do União Brasil ao governo endossa as palavras de Erick:

"Com certeza estamos muito próximos. Temos conversado bastante. Compartilhamos muito essa ideia de renovação e lançamento de um novo ciclo político no Espírito Santo. E compartilhamos essa ideia de que o ciclo anterior de Paulo [Hartung] e Renato [Casagrande] foi um bom ciclo, mas é preciso um novo ciclo. Então, eu, o Erick e outras lideranças jovens no Estado temos um futuro brilhante pela frente. Se possível, juntos. Com certeza faremos parte desse novo ciclo político do Espírito Santo como protagonistas”, profetiza Rigoni, no melhor estilo Tirésias (ver "Édipo Rei”).

Rigoni lançou sua pré-candidatura ao governo, em março, pregando justamente essa tese da renovação de ciclos e, como se pode ver, já trata o governo Casagrande como parte do "ciclo anterior”.

Como os dois estão naquela fase de se cortejarem mutuamente, Rigoni retribui os elogios que Erick lhe fez na entrevista: "Acho que o Erick tem sido um presidente excelente na Assembleia. Tem cumprido muito bem o seu papel institucional. O governador não pode reclamar de falta de governabilidade. Tudo o que o governador precisou, inclusive para tomar medidas emergenciais durante a pandemia, tudo foi votado e tem sido votado pela Assembleia. Independentemente de opiniões divergentes por parte do Erick, ele não deixou de cumprir o seu papel institucional, o que é muito importante”.

Apesar de referendar a grande possibilidade de parceria eleitoral com Erick, Rigoni esclarece – tal como o presidente da Assembleia – que a modelagem dessa sociedade ainda não foi discutida em detalhes por eles; ou seja, de forma objetiva, eles ainda não chegaram a conversar sobre a possível realização de uma dobradinha para dividirem a mesma chapa na disputa ao governo, tendo um deles como candidato a governador e o outro como vice.

O desenho da parceria com Erick, segundo Rigoni, é menos importante neste momento que o alinhamento estratégico dos dois em torno do mesmo projeto. E tal perfilamento existe, completa o presidente estadual do União Brasil:

"Erick e eu temos conversado muito sobre projeto. Com certeza pode haver uma aliança entre nós, mas, pragmaticamente, não tem conversa sobre como. O mais importante não é qual o tipo de configuração que essa aliança vai ter, se vai ser no primeiro ou no segundo turno… Para mim, isso importa menos. O mais importante é qual o projeto que será montado. E, por enquanto, estamos bem alinhados nesse sentido. O importante é dialogar sobre esse projeto e inaugurar esse novo ciclo para o Estado, dialogando com os mais antigos, mas tendo a juventude como protagonista.”

"Juventude no poder”

Se for baseada estritamente no critério etário – como por vezes podem levar a crer as declarações de Rigoni, quando pugna, por exemplo, pelo protagonismo político para os mais jovens –, a associação do jovem presidente da Assembleia com o ainda mais jovem deputado federal faz pleno sentido. Afinal, são mesmo os dois pré-candidatos mais jovens na corrida ao Palácio Anchieta: Erick com 35 anos; Rigoni, com 30. Depois deles vem o Capitão Vinicius Sousa, do PSTU, que tem 38 anos.

Somadas as idades de ambos, uma chapa "Erigoni” (Erick + Rigoni) totalizaria 65 anos vividos. É só um pouco mais que os atuais 61 do governador Renato Casagrande (PSB).

Quando se elegeram para os respectivos mandatos em outubro de 2018, Erick (31) e Rigoni (27), somados, tinham então os mesmos 58 anos de Renato Casagrande.

Mas é óbvio que essa potencial aliança não atende ao critério etário. Isso, na verdade, vem a ser conveniente coincidência, que ajuda ambos a reforçar o discurso da "renovação política” e da iminente inauguração do "novo ciclo político” profetizada pelo "velho Tirésias” de Linhares – que de velho na verdade nada tem.

Tudo é uma questão de estratégia eleitoral. E há questões ideológicas importantes que precisam ser levadas em consideração.
 
Fonte: Colunista Victor Vogas, do ES360




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