Eleições 2020: Primeiro turno pode ser em 15 de novembro

Líderes de 9 partidos de centro-direita estimam adiamento de 42 dias. Já o segundo turno aconteceria em 6 ou 13 de dezembro

Eleições 2020: Primeiro turno pode ser em 15 de novembro
Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto e dirigentes partidários estimam adiar para o dia 15 de novembro (feriado da Proclamação da República) a realização do primeiro turno das eleições municipais, caso a pandemia do coronavírus não diminua até junho, data final para decisão. 
Pela proposta em debate, o primeiro turno seria adiado em 42 dias. Já o segundo turno aconteceria em 6 de dezembro ou, no máximo, no domingo seguinte (13). 

Nesse caso, as convenções partidárias, previstas para julho, ocorreriam em agosto. O adiamento tem sido tema de uma série de reuniões virtuais entre presidentes de nove partidos de centro-direita. 

Presidentes de MDB, PSDB, DEM, PSD, Republicanos, PL, PP, Solidariedade e Avante, que participaram dos encontros, admitem o adiamento das eleições para novembro. À exceção do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), descartam a possibilidade de prorrogação de mandatos até 2022 para coincidir com a disputa nacional. 

Os líderes concordaram em retomar essa discussão em junho, apenas se a crise perdurar pelos próximos dois meses. Até lá, está mantido o calendário oficial com primeiro e segundo turnos nos dias 4 e 25 de outubro, respectivamente, o primeiro e o último domingos do mês, como prevê a Constituição. 

Embora a definição de nova data dependa de aprovação do Congresso, a ideia de só voltar ao debate em junho está em consonância com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que, em maio, assumirá a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 
Segundo o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, "a priori, a maioria quer manter a data”. 

Líder do PSD, Gilberto Kassab (SP) admite a possibilidade de adiamento para novembro e ressalta a necessidade de financiamento público. "Sem financiamento público, seria a volta do financiamento empresarial. Ou alguém acha que o espírito santo vai destinar recursos para as campanhas?” 

O adiamento também está na pauta da esquerda. Presidente nacional do PDT, Calos Lupi conta que a ideia já foi objeto de debate interno. "Pensamos que, conforme o desenrolar desta pandemia, é provável que tenhamos que adiar as eleições. Provavelmente até dezembro”, afirma. 
 
Fonte: Tribuna Online





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