Corregedoria da Ales arquiva denúncia contra Capitão Assumção por incitação ao crime

Corregedoria da Ales arquiva denúncia contra Capitão Assumção por incitação ao crime

Corregedoria da Ales arquiva denúncia contra Capitão Assumção por incitação ao crime

A corregedoria da Assembleia Legislativa do Espírito Santo decidiu, em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (21), arquivar a denúncia de quebra do decoro parlamentar apresentada contra o deputado Capitão Assumção (PSL).


Durante a sessão do dia 11 de setembro, o deputado subiu a tribuna do plenário e ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil para quem matasse o responsável pela morte da jovem Maiara de Oliveira, de 26 anos, assassinada na frente da filha de 4 anos, em Cariacica.

"Quero ver quem vai correr atrás para prender esse vagabundo. (Eu tenho) R$ 10 mil reais aqui do meu bolso pra quem mandar matar esse vagabundo, isso não merece tá vivo não. [...] Não vale dar onde ele está localizado não, tem que entregar o cara morto, aí eu pago”, disse na ocasião.

Após a repercussão da fala do deputado Capitão Assumção (PSL), levantou-se a dúvida com relação as implicações penais ou criminais do discurso. De acordo com o artigo 53 da Constituição Federal, "os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos".

Porém, conforme o artigo 294 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o discurso do parlamentar pode configurar quebra de decoro.

"O uso de expressões em discursos ou em proposições, ou a prática de ato que afete a dignidade alheia, desde que configurados crimes contra a honra ou contenham incitação à prática de crimes, consideram-se atentatórios contra o decoro parlamentar".

ARQUIVAMENTO

Durante a reunião da Corregedoria, ocorrida nesta manhã, o relatório do deputado Euclério Sampaio, que indicava o arquivamento do caso, foi aprovado por unanimidade. Além de Euclério, compuseram a comissão o presidente da Corregedoria, Hudson Leal (Republicanos) e os deputados Dr. Rafael Favatto (Patriota) e Torino Marques (PSL), que são membros efetivos do órgão.

De acordo com o deputado Euclério Sampaio, a Corregedoria recebeu duas denúncias: uma da Procuradoria-Geral da Casa, por meio de ofício, e outra do partido Psol. 

O jornal online Folha Vitória entrou em contato com a assessoria do deputado, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. 





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