Negão da Junal é réu confesso, mas não responde por morte de Bráulio Christo na Justiça, diz advogad

O advogado Ludgero Ferreira Liberato é o responsável pela defesa do ex-vereador João Freires Júnior, o Juninho Freires. “Negão da Junal assumiu a autoria do crime, em vídeo amplamente divulgado, recentemente, nas redes sociais”, diz advogado

Negão da Junal é réu confesso, mas não responde por morte de Bráulio Christo na Justiça, diz advogad
O fugitivo Emanuel Robson Chagas da Silva, de 26 anos, conhecido como Negão da Junal, que afirmou em um vídeo ter sido o autor do homicídio que teve como vítima Bráulio de Andrade Christo, que tinha 35 anos – crime ocorrido no dia 28 de fevereiro de 2013, no bairro Aviso, em Linhares – não responde na Justiça por esse assassinato.



A afirmação é do advogado Ludgero Ferreira Liberato, responsável pela defesa do ex-vereador João Freires Júnior, o Juninho Freires, que sentaria no banco dos réus no último dia 29 de junho. Ele é um dos acusados do crime.



Por decisão do Juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares, Tiago Fávaro Camata, o júri foi adiado para evitar eventual argüição de nulidade, já que, de acordo com o advogado Ludgero Liberato, novos documentos foram juntados ao processo – no dia marcado para o julgamento – referentes a outro réu, Wanderson Gomes, o Cacique. Como não haveria tempo para dar ciência à defesa de Cacique, o Juiz Tiago Camata decidiu por retirar o julgamento da Pauta.



O advogado de Juninho Freires alega que "os documentos juntados ao processo comprovam que Messias Rocha Tomaz, a principal testemunha do Ministério Público, havia feito acordo de delação premiada quando estava preso. "Questionamos na Justiça o fato de esses documentos terem ficado em sigilo e sem conhecimento da defesa ao longo de todo esse tempo”, disse Ludgero.



O advogado comentou ainda que, "em suas delações, Messias atacou a diversas pessoas, sem apresentar qualquer prova. Interessado em obter sua liberdade, Messias deu diversas declarações de ouvir dizer, ou seja, fofoca. Disse que tinha ouvido de Teobaldo que Juninho seria o mandante do crime, mas o próprio Teobaldo negou tal afirmação. Além disso, Messias acusou Cacique de fazer parte de seu grupo, sem fazer qualquer comprovação. Dos documentos, fica evidente que Messias não gostava de Cacique e queria prejudicá-lo”, afirma Ludgero Liberato.



E acrescentou: "Após fazer essas acusações sem qualquer prova, Messias sumiu no mundo e não cumpriu o dever de depor na presença dos acusados e de apresentar suas provas. A fragilidade do depoimento de Messias, interessado em obter benefícios por sua delação e em prejudicar seus inimigos gera ainda mais controvérsias sobre o caso”, afirma.



O advogado de defesa de João Freires Júnior lembrou ainda que Negão da Junal assumiu a autoria do crime, em vídeo amplamente divulgado, recentemente, nas redes sociais. "Negão da Junal foi um dos primeiros suspeitos da polícia, e que chegou a ser identificado, à época, por uma testemunha ocular. A polícia chegou a afirmar de forma categórica que tinha certeza que ele era o executor do crime. Isso tudo mudou a partir de um depoimento dado pelo Messias”, aponta Ludgero.



Entretanto, antes de cancelar o julgamento, o Juiz Tiago Camata indeferiu requerimentos de juntada de supostos termos de colaboração premiada de Messias Tomaz e de adiamento formulados pelos advogados de defesa de Juninho Freires.



Já o advogado Ludgero Liberato declarou que "essa decisão será objeto de recurso, pois nós entendemos que os jurados têm o direito de conhecer toda a matéria, se há eventuais testemunhas que depuseram no processo, e se essas testemunhas são interessadas ou não”.

O espaço está aberto para que todos os nomes citados na reportagem possam se manifestar.

 

Fonte: Correio do Estado





COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA