O julgamento de cinco homens acusados de envolvimento na morte do sindicalista Edson José dos Santos Barcellos começou na manhã desta segunda-feira (24) no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras, em Linhares. O assassinato aconteceu há nove anos em Conceição da Barra. Edson foi morto com um tiro na cabeça após ser sequestrado na porta de casa, em 6 de julho de 2010.
Seu corpo foi encontrado um dia depois, próximo a uma plantação de eucalipto, e estava com as mãos e pés amarrados, além de uma fita adesiva na boca. Jorde Donati, prefeito de Conceição da Barra, na ocasião, foi apontado como mandante do crime. Ele chegou a ser preso em 2012, mas depois foi solto. Em 2016, Donati morreu de causas naturais.
Cinco suspeitos considerados executores do crime são julgados. Por conta do número de réus e pela complexidade do crime, o julgamento deve ser longo. A previsão é que acabe por volta da meia-noite. Sete pessoas integram o júri, sendo quatro homens e três mulheres. O juiz André Dadalto, da 1ª. Vara Criminal de Linhares, é quem está a frente da sessão.
Para a família, é um alívio ver a Justiça ser feita tanto tempos após o crime. "Não quero vingança, quero justiça. Eles são réus confessos, a gente espera que falem 100% a verdade, que foi crime de mando, crime político. Meu marido lutava pelos menos favorecidos, ele vivia em busca dos direitos dos mais carentes”, disse a esposa de Edson, Edma da Silva Barcellos.
A vítima atuava como secretário do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conceição da Barra e era presidente do DEM do município. A Polícia Civil apontou que o crime foi político, pois Edson fazia denúncias contra o então prefeito.
Fonte: Portal Gazeta Online