Quadrilhas especializadas em emissão de diplomas falsos são investigadas no ES

Investigação feita pelo Ministério Público e pela Polícia Civil aponta que 4 mil pessoas receberam diplomas de forma irregular no estado.

Quadrilhas especializadas em emissão de diplomas falsos são investigadas no ES
O Ministério Público (MPES) e a Polícia Civil do Espírito Santo estão investigando quadrilhas especializadas na emissão de diplomas falsos no estado. Indícios apontam que mais de 4 mil pessoas receberam diplomas de forma irregular no estado. Os casos começaram a ser identificados em 2018, no município de Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, e foram encaminhados ao MPES, que deu início às investigações.

De acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), ainda não é possível dizer se há quadrilhas no Espírito Santo ou se os estelionatários criaram sedes no estado para a prática dos crimes.

"Estamos investigando várias associações criminosas que atuam na falsificação, não só de diplomas, como de documentos em geral. Estamos investigando se elas são do Espírito Santo. Já sabemos de algumas que são de fora e que criam sede no nosso estado para vender documentos falsos”, informou.

Segundo a delegada, a investigação segue por duas vertentes. Uma delas, decorrente da denúncia da Secretaria Estadual de Educação (Sedu) e dos municípios que identificaram documentos falsos apresentados por candidatos a vagas em concursos e processos seletivos, apura a venda de diplomas.

Nessa linha de investigação, a acusação envolve principalmente professores que participaram de processos seletivos e apresentaram documentos falsos para terem vantagem na disputa da vaga e para conseguirem melhores remunerações.

Apenas na região Norte do Espírito Santo, o Ministério Público identificou mais de 4 mil pessoas que receberem diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres de forma irregular.

Já a segunda linha de investigação é de pessoas que denunciaram ter sido enganadas por instituições que ofertavam cursos de maneira irregular. Os centros de ensino onde elas fizeram os cursos não tinham autorização do Ministério da Educação e emitiam documentos sem efeito legal.

"Estamos investigando também pessoas que foram vítimas de estelionato, ou seja, a pessoa que buscam fazer um aperfeiçoamento, especialização, e foram enganadas porque o instituto não poderia oferecer esse tipo de curso. Então, eles entregam para essas pessoas o diploma falso”, explicou a delegada.

Para que o estudante não seja vítima deste tipo de esquema, a delegada alerta que é fundamental que a procedência da instituição seja verificada. As investigações ainda estão em andamento e nenhuma pessoa foi presa nessa fase da operação.

Fonte: G1/ES.




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