Gel à base de maconha produzida no sul do ES, é a nova aposta para melhorar o sexo

Presente no mercado legal uruguaio desde dezembro de 2017, o lubrificante à base de maconha que promete super orgasmos tem um ponto de fabricação no Sul do Estado, em Marataízes. É lá que é feito o cultivo da ganja – palavra de origem hindu, usada pela nação Rastafari, para nomear a versão feminina da Cannabis sativa, a maconha.

A reportagem teve acesso ao produto capixaba que, a partir da maconha e da mistura com outros ingredientes como óleo de coco, vira um gel íntimo que é vendido pelos Correios em três tamanhos: R$ 30 o de 10 ml, R$ 40 o de 15 mil e R$ 60 o de 30 ml, sem contar o frete. "Ele proporciona uma prolongação do orgasmo. Para o homem, causa sensibilidade peniana, fazendo com que aumente a ereção”, promete a fabricante, que salienta tratar-se de um produto vegano.

A concorrência, no entanto, é internacional: há unidades no Brasil de um lubrificante americano e de outro uruguaio, que promete orgasmos femininos de cerca de 15 minutos. O produto promete, ao ser aplicado na mucosa vaginal, aumentar a libido e proporcionar orgasmos múltiplos durante o sexo ou a masturbação, além de dizer ter ação contra fungo, inflamação e bactérias.

A diferença está na lei: em 2013, o Uruguai tornou-se o primeiro país a legalizar consumo, produção e venda de maconha. No Brasil, o debate estagnou num projeto de lei no Congresso de um deputado. O médico urologista Fernando Chagas afirmou que a maconha age no sistema nervoso central deixando homens com sensação de letargia e diminuição de atividades receptoras do cérebro.

"O uso contínuo da droga afeta os receptores do pênis, provocando um efeito inibitório que leva ao relaxamento dos vasos, tornando mais difícil a ereção. Mas o uso crônico pode levar à esterilidade”. A ginecologista Lorena Baldotto ressaltou que as substâncias da maconha, em contato com a região genital, podem causar relaxamento, analgesia e até anestesia. "Há pessoas que disseram sentir mais excitação, mas outros não sentiram diferença com o uso.”

 

Fonte: Tribuna Online