De Linhares: Tripinha pode se tornar patrimônio cultural imaterial do ES

A proposta é do deputado Luiz Durão. A iguaria surgiu pelas mãos de uma linharense, na década de 1960.

De Linhares: Tripinha pode se tornar patrimônio cultural imaterial do ES
Quem mora em Linhares e região certamente já comeu a famosa "Tripinha”, salgado que nasceu na cidade nos anos de 1960 e conquistou o paladar de todos os capixabas. Agora, a iguaria poderá se tornar patrimônio cultural imaterial do Espírito Santo.

É o que pretende o deputado Luiz Durão (PDT), autor do Projeto de Lei 337/2021, que tramita na Assembleia Legislativa. O parlamentar ressaltou a importância da Tripinha para os linharenses e lembrou que a Lei ajudará a eternizar a receita criada pela saudosa cozinheira Anita Paiva.

"A Tripinha foi criada por dona Anita em um casamento realizado em Linhares no dia 18 de janeiro de 1964. Ao perceber o número de convidados e que não havia mais recheio para a feitura de salgados, ela rapidamente colocou parte da massa no cilindro, com dispositivo para taiadela, e jogou as fitas numa frigideira com banha de porco quente. Com o sucesso do novo salgadinho, ao ser indagada sobre o nome, dona Anita respondeu com um sorriso maroto: Tripinha! E desde então a receita foi passada de geração em geração e hoje é vendida no comércio regional. Muitas famílias vivem de sua fabricação”, destacou Durão.

O deputado ainda lembrou no projeto que vários autores locais já documentaram a Tripinha em livros e portais de notícias do norte capixaba e que, além disso, a Prefeitura de Linhares instituiu no calendário oficial de eventos históricos e culturais da cidade o dia 18 de janeiro como a data em que dona Anita criou o salgado, dada a importância da Tripinha para toda a região.

"Bens culturais imateriais são criações de uma comunidade local baseadas em tradições e passadas de geração em geração, tornando-se expressão da identidade regional. A Tripinha tem uma relevância para toda região norte do Espírito Santo e encaixa-se perfeitamente nesse conceito, então estou muito confiante de que a matéria será aprovada e a nossa Tripinha, eternizada”, concluiu Luiz Durão.

Fonte: Jornal Norte Capixaba




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