Coronavírus: fisioterapia na recuperação de pacientes internados com Covid na UTI do HGL

Este trabalho está sendo executado 18 horas por dia nos sete dias da semana, de segunda a segunda-feira, e a equipe é composta por 12 profissionais fisioterapeutas.

Coronavírus: fisioterapia na recuperação de pacientes internados com Covid na UTI do HGL
Uma grande aliada aos pacientes em tratamento e recuperação do novo coronavírus é a fisioterapia. A doença ataca os pulmões e  a sensação de falta de ar é um dos principais sintomas. Por isto, a Prefeitura de Linhares, por meio da secretaria municipal de Saúde, contratou o serviço  que atua na UTI Covid-19 do Hospital Geral de Linhares (HGL).  

Este trabalho está sendo executado 18 horas por dia nos sete dias da semana, de segunda a segunda-feira, e a equipe é composta por 12 profissionais fisioterapeutas. A escala é distribuída em seis horas diárias por turno: manhã, tarde e noite. 

O coordenador do Serviço de Anestesiologia e da equipe de Resposta Rápida da UTI Covid-19 do HGL, Antonio Santo Biancardi Júnior, explica que quando o paciente precisa de suplementação de oxigênio para manter a saturação arterial, os profissionais intervêm para restabelecer a função pulmonar já comprometida pela infecção da covid-19. 

"O trabalho é meticuloso e abrange o atendimento daqueles pacientes intubados, não intubados e mantidos sedados. Enfim, o trabalho da equipe de fisioterapia é de suma importância e indispensável na recuperação dos pacientes internados por Covid-19”, explica.

Nem todos os pacientes que dão entrada no atendimento de emergência se queixam com falta de ar. Entretanto, o problema pode existir de forma silenciosa. Caso não haja o protocolo adequado de tratamento, o quadro pode evoluir para uma síndrome respiratória aguda ou uma pneumonia grave que podem levar o doente ao óbito. 

Para todos os casos, a checagem é fundamental, conforme explica Nayara da Silva Donatelli Correia, fisioterapeuta do Hospital Geral de Linhares. "Seguimos o protocolo de forma criteriosa na conduta respiratória, conferimos a oximetria de pulso, realizamos a saturação periférica de oxigênio e avaliamos a gasometria arterial, quando solicitada pela equipe médica, para analisar a pressão arterial de oxigênio. Tudo porque nem sempre o paciente tem a queixa de falta de ar”. 

O contrato que garante o atendimento fisioterapêutico aos pacientes internados nos leitos de UTI Covid do HGL foi publicado no Diário Oficial do Espírito Santo com investimento de R$ 432 mil pelo período de 6 (seis) meses, ou enquanto durar a pandemia da Covid-19. 

O valor de refere a R$ 72 mil por mês, sendo R$ 36 mil para cada UTI de 10 leitos. Isso devido ao fato de que a UTI Covid-19 do HGL possui 20 leitos, tendo portanto 02 equipes de profissionais de Fisioterapia, que atuam 18 horas por dia em cada UTI Covid.

A escala é distribuída em seis horas diárias por turno: manhã, tarde e noite. 

Reabilitação

Os pacientes em situação agravada da doença também passam por constante avaliação e tratamento com a equipe de fisioterapia. Aqueles em coma induzido não podem contribuir com as atividades de reabilitação, mas ainda assim, eles são expostos a manobras para garantir que os pulmões sofram o mínimo possível. 

A capacidade respiratória do paciente é sempre avaliada pelo profissional. "O papel do fisioterapeuta numa UTI é recuperar a mobilidade e trazer a respiração natural sem o uso mecânico do respirador. O fisioterapeuta realiza a monitorização da ventilação mecânica e o processo de interrupção gradual do respirador, previne complicações pulmonares através de manobras e técnicas específicas e realiza a fisioterapia motora com o intuito de reduzir incidências de agravos relacionados a permanência na UTI. São feitos testes diários e por turno, nos quais avaliamos se o paciente consegue manter a sua respiração”, diz Thiago Nideck, fisioterapeuta que também atua na recuperação dos pacientes internados na UTI Covid-19 do HGL.*

O profissional acrescenta que durante a fisioterapia respiratória são realizadas técnicas que podem ser preventivas ou curativas, e tem como objetivo mobilizar secreções, melhorar a oxigenação do sangue, promover reexpansão pulmonar, diminuir o trabalho respiratório, reeducar a função respiratória e prevenir complicações.

Para garantir a recuperação eficaz dos pacientes internados, a Secretaria de Saúde segue protocolos de padronização de ações para a área, de acordo com recomendações do Ministério da Saúde no atendimento e tratamento aos pacientes críticos.

Esse material faz parte dos Protocolos de Atenção à Saúde e está em constante atualização com a descoberta de novas práticas.





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