Theodorico é candidato único para disputar a presidência da Ales e tem apoio de Zanon e Eliana

Os dois deputados linharenses declararam apoio à reeleição do demista.

 Theodorico é candidato único para disputar a presidência da Ales e tem apoio de Zanon e Eliana
O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) será candidato único na disputa pelo cargo de presidente da Assembleia Legislativa da legislatura que começa em 1º de fevereiro. Será a segunda reeleição dele, que comanda a Mesa Diretora da Casa desde 2012.

"Minha candidatura só poderia ser decidida na união, em consenso. Combinamos de não ter facção contrária ou disputa. E isso está encerrado”, declarou o demista.

A confirmação veio nesta quinta-feira (22) à tarde, após uma série de conversas e entra e sai do gabinete dele. Pela manhã, Theodorico foi um dos 20 a assinar a oficialização do bloco liderado pelo deputado Rodrigo Coelho (PT) e composto por aliados do governador Paulo Hartung. "Bloco surge para dar independência mas preservando a harmonia e governabilidade”, frisou Gildevan Fernandes (PV).

À tarde, Coelho e Theodorico conversaram com os líderes do grupo paralelo, que era composto por parlamentares que formavam o alicerce do ex-governador Renato Casagrande (PSB) na Assembleia: Josias da Vitória, Marcelo Santos (PMDB), Sandro Locutor (PPS) e Gilsinho Lopes (PR).
 
Foi elaborada e articulada justamente por esse segundo grupo uma PEC que permitiu nova reeleição de Theodorico. A mudança na regra, aprovada em dezembro, justifica, agora, o apoio deles à recondução do atual presidente.

"Eles não têm culpa nenhuma de não estarem comigo há mais tempo. Eu declarei a eles que não seria candidato. Eles procuraram o candidato deles. Se houve equívoco, foi provocado por mim. No momento que declarei candidatura, eles reafirmaram o apoio”, frisou.

Nomes

Nos bastidores, o entendimento é de que a PEC proposta lá atrás serviu para permitir que os deputados tivessem uma candidatura de peso na manga para, se necessário, fazer frente a algum outro candidato indicado por Hartung que desagradasse alguns parlamentares.

"O governador não gostou muito dessa PEC. Theodorico é governista, mas, às vezes, não tem como controlá-lo muito”, explicou uma liderança que esteve recentemente com Hartung. 

Sobre a rapidez para virar consenso na Assembleia, já que não vinha participando ativamente das reuniões de blocos, Theodorico resume: "Atribuo ao meu modo de vida. De, ao mesmo tempo, ser um guerreiro e um homem da paz e da harmonia”.

Embora Rodrigo Coelho esteja liderando formalmente o movimento de consenso na Assembleia, o chefe da Casa Civil Paulo Roberto (PMDB) divide com ele a atribuição, reunindo-se com deputados e mantendo conversas com o petista.
 
Da Vitória recua e apoia demista
 
Após ser oficializado um grupo com 20 dos 30 deputados estaduais para discutir preenchimento de comissões e Mesa Diretora, Josias da Vitória (PDT) recuou e abriu mão do movimento paralelo que conduzia.

Ele sinalizou nesta quinta (22) apoio à reeleição de Theodorico Ferraço (DEM) na presidência da Assembleia Legislativa, que faz parte do grupo maior. "Vou estar na orientação do partido e do governo. Se essa é a decisão do partido e do governo, assino sem problemas”, disse.

O bloco que Da Vitória liderou soou como movimento de oposição ao governo. Não por menos, nesta quinta (22)  o PDT precisou soltar um comunicado reiterando fazer parte do governo e que não faz oposição a Paulo Hartung (PMDB).

Da Vitória nega prejuízo político. "Me senti honrado pelo partido e pelo governador. Tivemos diálogo sincero, de compromisso com a governabilidade”, disse.

Presidente do PDT e deputado federal, Sérgio Vidigal reafirmou que o compromisso da sigla é com a governabilidade, mas negou que tenha determinado que Da Vitória cessasse o movimento. 

Disputa agora fica pela composição da Mesa
 
Cabe ao deputado Rodrigo Coelho (PT), líder do bloco que se aproxima do consenso, fazer o exercício de acomodar deputados na Mesa Diretora e nas comissões importantes. Ele já consultou todos sobre as comissões que pretendem compor para descobrir as mais e menos concorridas. "Todos os deputados serão tratados igualmente”, comenta o petista. Para ele, é dada como certa uma função-chave na Casa por sagrar-se como líder do movimento que desenrolou as conversas na Assembleia.

Mesa

Mais difícil que distribuir as comissões deverá ser apontar o 1º e o 2º secretários da Mesa, que sentarão ao lado de Theodorico Ferraço (DEM). Coelho afirma carecer de confirmações, mas especula-se que Cacau Lorenzoni (PP) e a novata Raquel Lessa (SDD) ocupem os respectivos assentos. 

Enivaldo dos Anjos (PSD) teria sido sondado para a 1ª vice-presidência e para a liderança do governo. O veterano nega. "A única coisa que pedi foi o microfone, que deve ser meu instrumento de trabalho”, disse.

Novato

Um dos poucos a ainda não dar sinais de aproximação com o bloco, segundo Rodrigo Coelho, é o novato Amaro Neto (PPS), deputado estadual mais votado do Estado apesar da campanha eleitoral considerada de baixo custo. "Vamos criar ambiente para que o Amaro Neto faça parte do bloco. Não temos afirmação da parte dele ainda”, diz.





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