Responsável por pregões, Cláudia Guerino Marchiori assume a direção do Saae

O decreto com a nomeação foi enviado ao prefeito Nozinho Correa nesta terça-feira (26); autarquia é alvo de investigação na Operação Tritão, da Polícia Civil.

Responsável por pregões, Cláudia Guerino Marchiori assume a direção do Saae
Desde que a Operação Tritão foi deflagrada pela Polícia Civil, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Linhares (Saae) passa pelo terceiro diretor. A pregoeira oficial da autarquia, Cláudia Guerino Marchiori, deverá assumir, oficialmente, nesta quarta-feira (27) a direção do órgão. Ela, inclusive, foi apresentada na nova função aos funcionários na tarde desta terça-feira (26). Cláudia vai substituir o diretor administrativo Wellington de Almeida que assumiu interinamente após o afastamento e exoneração de Sandro de Freitas, um dos indiciados pela PC por suposto envolvimento em crime de peculato, na modalidade desvio de dinheiro público. 

A Prefeitura de Linhares confirmou a movimentação em torno do nome de Cláudia Guerino para a comandar o Saae. Disse que o decreto com a nomeação da servidora está na mesa do prefeito Nozinho Correa (PRTB) para ser assinado, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (27). Em seguida, a nomeação será publicada no Diário Oficial do Espírito Santo. A nomeação de Cláudia acontece 13 dias após a Polícia Civil deflagrar a segunda fase da Operação Tritão que investiga supostas irregularidades em contratos de licitação e administrativos da autarquia. 

O ex-diretor Sandro de Freitas e um empresário da cidade poderão pegar 12 anos de prisão, cada um, caso sejam condenados. Na segunda etapa da investigação, os delegados e investigadores recolheram vários documentos na autarquia e levaram para a sede da Delegacia Regional de Linhares. A ação foi conduzida pelos delegados André Costa, Francisco Enaldo e Suzana Garcia. 

Primeira Fase

Na primeira fase da Operação Tritão foram indiciados pelo crime de peculato, na modalidade desvio de recursos públicos, o diretor da autarquia, Sandro de Freitas, e o empresário Honório Frisso Filho. De acordo com Francisco Enaldo, as investigações começaram após uma série de denúncias na Câmara Municipal de Linhares de um suposto "gato” de energia do Saae para uma propriedade pertencente ao empresário Honório Frisso Filho – que fica ao lado da sede da autarquia – e que teria a autorização de Sandro de Freitas. 

O delegado André Costa apontou ainda o uso despudorado da máquina pública por Sandro de Freitas e revelou que o atual diretor tentou atrapalhar as investigações alegando acessos facilitados dentro da cúpula da Polícia Civil do Espírito Santo. "Consideramos inadmissível qualquer tentativa de ingerência política nas investigações”, destacou. Ele também disse que a Operação Tritão seguirá com outras fases e que o resultado da primeira etapa que resultou no indiciamento já foi encaminhado para o Poder Judiciário.





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