Professores em greve se reúnem com Governo e não chegam a acordo

Professores em greve se reúnem com Governo e não chegam a acordo

Professores em greve se reúnem com Governo e não chegam a acordo

A comissão de negociação eleita pela base do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) se reuniu hoje (22), no Palácio Anchieta, com o governador Renato Casagrande e outros representantes do governo. Não houve acordo e a resposta do Governo será dada através de um documento.

Na última quinta (17), o governador de Estado, Renato Casagrande, esteve no balneário de Pontal do Ipiranga, em Linhares, para celebrar um convênio com a Prefeitura visando à urbanização e a revitalização da Avenida do Sol. O que o governador não esperava era a manifestação de um grupo de professores que ao saber da presença dele no município idealizou um manifesto pacífico para chamar a atenção do chefe do Executivo Estadual para os problemas que o Estado vem sofrendo na área da educação.

Naquela oportunidade, Renato Casagrande foi obrigado, no final de seu discurso, a prometer uma reunião com o Sindicato dos Educadores. Os professores da rede estadual, nesta terça-feira, dia 22, realizaram mais um protesto na manhã, em frente à Secretaria de Estado de Educação (Sedu), na Praia do Suá, em Vitória. A manifestação foi mais uma atividade da greve iniciada no dia 14 de abril e que conta com atos públicos diários.

Os professores entraram na Sedu e percorreram as instalações do edifício realizando um apitaço e convocando os servidores, onde muitos deles também são professores,  para aderirem à manifestação.

Os professores cobraram a aplicação da Lei do Piso Nacional e da realização de eleição democrática para diretor escolar. 

Nesta quarta-feira, dia 23, os professores estarão reunidos em assembleia geral, no ginásio do Clube Álvares Cabral, para discutir os rumos do movimento grevista e o que o Governo vai propor. Logo em seguida a assembleia, irão através de uma caminhada pela avenida Beira Mar em direção ao Tribunal de Justiça do Estado (TJES). Eles pretendem ser recebidos pelo presidente da corte, desembargador Sérgio Bizzotto, e deverão pedir que a Justiça não declare a greve ilegal.

Antes da greve começar, no dia 11 de abril, a Justiça havia expedido liminar para a suspensão do movimento, a pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Os professores alegam que a greve não foi declarada ilegal, mas que a estratégia da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) foi a de fazer com que a categoria pensasse que o movimento é ilegal. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial para 2014 com aplicação da Lei do Piso; revisão dos planos de cargos, carreiras e salários vencidos; e eleição direta para direção escolar.

 

Na última quarta-feira, dia 16, os professores decidiram manter o movimento e saíram em caminhada até o Palácio Anchieta, onde foi realizado um ato público. Os educadores argumentam que o magistério capixaba estava presente nas ruas, enquanto o governo do Estado permanecia ausente nas negociações.





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