João Nascimento assume, interinamente, a secretaria de Saúde

José Roberto Macedo Fontes alegou motivos pessoais para deixar a pasta; o pedido foi aceito pelo prefeito Nozinho Correa (PP).

João Nascimento assume, interinamente, a secretaria de Saúde
Mais uma baixa no primeiro escalão do prefeito Nozinho Correa (PP). Na manhã desta quarta-feira (23) o secretário municipal de Saúde, José Roberto Macedo Fontes, pediu para deixar a pasta. O pedido foi aceito por Correa. Em seu lugar assume, interinamente, o atual secretário de Administração, João Nascimento. José Roberto alegou motivos pessoais para deixar o cargo.
 
A saída de Fontes acontece um dia após o deputado estadual e ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PMDB) cobrar explicações a ele sobre os contratos de terceirização dos serviços de alimentação e limpeza do Hospital Geral de Linhares (HGL) que consomem por ano dos cofres públicos, R$ 10,9 milhões. 

A saída de Macedo Fontes acontece 20 dias depois de Correa exonerar seis secretários municipais alegando contenção de despesas. As seis secretarias sem titulares ficaram concentradas mãos de quatro secretários municipais: Nivaldo Marchetti – que é casado com a sobrinha do prefeito – acumula as pastas de Gestão Patrimonial e Compras; Wélio Pompermayer, além da Chefia de Gabinete vai cuidar da Comunicação e da secretaria de Governo; Cássio Dias Lopes vai cuidar da Controladoria e do Planejamento, ao qual já é titular; e Carlinhos Fiorot que além de Turismo ficou com Cultura, Esporte e Lazer. 
 
José Roberto Macedo Fontes alegou motivos pessoais para deixar a pasta.
 
Contratos

O ex-prefeito questionou o secretário de Saúde sobre os contratos de serviços de limpeza e de alimentação prestados no HGL e que foram terceirizados em 2014. Por ano, são gastos com alimentação R$ 7,3 milhões e com limpeza, R$ 3.594.999,00. A conta final para os cofres da Prefeitura é de R$ 10.894,99.

"A pergunta é: por que os recursos que existem não são otimizados? No ano passado, por exemplo, o serviço de limpeza e alimentação foi terceirizado. A terceirização é mais cara para a administração pública. Além disso, o hospital possui 200 servidores que são pagos pelo Estado, não custam para o município”, explica Zanon. 

Zanon explicou que se 1/5 deste valor – cerca de R$ 1,4 milhões -, fossem empregados, por exemplo, na compra de alimentos para serem preparados no próprio HGL para servir acamados e servidores, haveria uma economia de aproximadamente R$ 5,8 milhões aos cofres públicos. 

O deputado estadual pediu todas as cópias dos contratos de terceirização de alimentação e limpeza do hospital. "Vocês poderiam economizar se esses serviços fossem feitos sem a terceirização. Gostaria de ver esses números porque só assim vou acreditar que a terceirização é uma forma de otimizar recursos”, disse o ex-prefeito ao retrucar as explicações do secretário de saúde.





COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA