Diretor do Saae é afastado do cargo após denúncias de desvio de dinheiro público

Sandro de Freitas será alvo de um processo administrativo; assume seu lugar o diretor financeiro da autarquia.

Diretor do Saae é afastado do cargo após denúncias de desvio de dinheiro público

O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Linhares, Sandro de Freitas, foi afastado do cargo na manhã desta quinta-feira (23), de acordo com informações da Prefeitura de Linhares. Além do afastamento, ele será alvo de um processo administrativo para apurar a sua conduta à frente do órgão após o indiciamento pela Polícia Civil por desvio de dinheiro público. O afastamento de Sandro, segundo comunicado da administração municipal, não implica em admissão de culpa. O diretor administrativo financeiro do Saae, Wellington de Almeida, responderá pela direção do órgão interinamente.

Sandro de Freitas foi o principal alvo da primeira fase da Operação Tritão e foi indiciado pelo crime de peculato, na modalidade desvio de recursos públicos junto ao empresário Honório Frisso Filho. As investigações foram conduzidas pelos delegados André Costa e Francisco Enaldo, das delegacias de Infrações Penais e Outras (Dipo) e Patrimonial. De acordo com eles, se condenados os dois poderão pegar até 12 anos de prisão cada um.

De acordo com Francisco Enaldo, as investigações começaram após uma série de denúncias na Câmara Municipal de Linhares de um suposto "gato” de energia do Saae para uma propriedade pertencente ao empresário Honório Frisso Filho – que fica ao lado da sede da autarquia, no bairro Colina – e que teria a autorização de Sandro de Freitas. "As investigações continuam para constatar outras irregularidades que já encontramos dentro do Saae”. Francisco destaca ainda que o empresário Honório Frisso Filho, coincidentemente, é um dos principais fornecedores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Linhares. O caso do "gato" foi divulgado com exclusividade pelo Site de Linhares.

O delegado André Costa apontou ainda o uso despudorado da máquina pública por Sandro de Freitas e revelou que o atual diretor tentou atrapalhar as investigações alegando acessos facilitados dentro da cúpula da Polícia Civil do Espírito Santo. "Consideramos inadmissível qualquer tentativa de ingerência política nas investigações”, destacou. Ele também disse que a Operação Tritão seguirá com outras fases e que o resultado da primeira etapa que resultou no indiciamento já foi encaminhado para o Poder Judiciário.
 





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