Deputado federal eleito Felipe Rigoni abre processo seletivo para contratar sete assessores

O primeiro deputado federal cego e eleito como o segundo mais votado do Estado, Felipe Rigoni (PSB), abriu inscrições para o processo seletivo que fará para ocupar sete vagas em sua equipe. São três vagas para atuar em Brasília, e quatro em Vitória. Os salários, segundo a organização, variam de R$ 1,5 mil a R$ 10 mil.

As vagas disponíveis são: duas para assessor de comunicação e imprensa (Brasília e Vitória); uma para assessor de processos legislativos (Brasília), uma para secretário parlamentar (Brasília), uma para assessor de relacionamento (Vitória), uma para assessor de fiscalização e análise de dados (Vitória) e outra para auxiliar de relacionamento (Vitória).

As inscrições vão até o dia 3 de dezembro, no site do deputado http://www.rigoni.info. O processo seletivo também será todo online e será dividido por questionário e entrevistas com os chefes de gabinete e o parlamentar. O resultado será divulgado no dia 8 de janeiro.

Com mais de 84 mil votos, o capixaba Felipe Rigoni (PSB) será o primeiro deficiente visual a ocupar a cadeira de deputado federal na Câmara. O jovem de 27 anos precisava de 80 mil votos para se eleger, mas alcançou a marca de 84.405 votos no último domingo (8), sendo o segundo candidato ao cargo mais votado no Espírito Santo.

Natural de Linhares, Felipe concluiu o curso de engenharia de produção pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, no ano passado. O desempenho exemplar rendeu ao então recém formado a oportunidade de realizar um mestrado de Políticas Públicas na Universidade de Oxford, na Inglaterra, após passar na seleção de três instituições. "Eu vou usar de muito daquilo que aprendi como coach para fazer um bom mandato: sobre seleção de pessoas, produtividade, equipe... Isso vai me ajudar muito para selecionar minha equipe e para manter um mandato produtivo e que consiga representar as pessoas", comenta Felipe.

Aos 15 anos, por conta de uma inflamação na retina, o jovem perdeu completamente a visão. Antes disso, para tentar frear o avanço da doença, Felipe foi submetido a mais de 17 cirurgias, sem sucesso. Foi justamente na dificuldade que ele se sentiu motivado a lutar para conseguir representar os interesses do povo e de seu estado no Congresso Nacional.