Depois de muita discussão, vereadores aprovam projeto que denomina nomes das ruas do Pontal

Dois vereadores declararam abstenção ao voto por não concordar com a dinâmica da votação.

Depois de muita discussão, vereadores aprovam projeto que denomina nomes das ruas do Pontal
Depois de muita discussão, que resultou na abstenção dos votos de dois vereadores, foi aprovado o projeto de lei 1609/2014 de autoria do vereador Zeca Correia (PDT) que dispõe sobre a denominação de ruas e avenidas do Pontal do Ipiranga. Não houve sintonia na opinião dos vereadores: uns defenderam que a denominação deve seguir o que decidir a Associação de Moradores. Outros garantem que a lei é clara: a comunidade é que deve ser ouvida sobre a quem homenagear nas vias públicas do balneário. O autor do projeto, vereador Zeca Correia foi econômico nas palavras ao defender o projeto de lei. Disse apenas que conversou com o presidente da associação e que as homenagens foram solicitadas por moradores da região.

O primeiro a ser contrário ao projeto de lei do pedetista foi Joel Celestrini (PRB). Na alegação do vereador uma declaração da Associação de Moradores defende que as ruas e avenidas do Pontal já têm denominação com nomes culturais que fazem referência a espécies animais. Amantino Pereira Paiva (PMDB) também seguiu a mesma linha e sugeriu a manifestação da Associação antes do projeto ser votado e aproveitou para questionar os critérios e a coerência nos projetos de homenagens. 

O presidente da Câmara, vereador Miltinho Colega (PSDB), seguiu na contramão dos dois vereadores e garantiu que a lei diz que deve ser ouvida a comunidade e não a associação. Ele lembrou, inclusive, que existe um abaixo-assinado dos moradores propondo os nomes. Colega não viu nenhum obstáculo para que o projeto de lei fosse aprovado na sua totalidade, sem ressalvas e sem consulta à Associação de Moradores.

Fabrício Lopes (PMDB) foi mais longe e disse que um desentendimento entre a Associação e os próprios moradores do Pontal impediu que a votação do projeto fosse adiada e justificou a defesa do vereador Amantino Paiva que defendia ouvir a Associação antes de votar.  "Não houve resposta em tempo hábil da associação, e, por isso, o projeto seguiu”, disse Lopes.

Tarcísio Silva (PSB), ao se manifestar, disse que acompanhou o colega Zeca na ida ao Pontal do Ipiranga para tratar do projeto e garante: a comunidade foi ouvida. O vereador Renato Rangel (PP) foi favorável ao projeto e ainda justificou a razão: informou que um colega de trabalho, Cléres Teixeira, solicitou a ele o voto favorável ao projeto por ter a sua mãe homenageada. "É uma homenagem a pessoas queridas da comunidade”, disse.

Para Estéfano Silote (PDT) o projeto é justo e vai homenagear pessoas que sempre contribuíram para transformar o Pontal no que é hoje. O vereador José Cardia (PSD) propôs uma reunião entre a Comissão de Justiça e a comunidade visando reforçar um entendimento sobre o assunto, mas, foi voto vencido. Ao final, o projeto foi aprovado com 10 votos favoráveis e abstenção dos vereadores José Cardia e Joel Celestrini.

A sessão desta segunda-feira contou com a presença dos acadêmicos do curso de Direito da Faculdade de Ensino Superior de Linhares, a Faceli. Eles cumpriam a rotina da disciplina de Processos Legislativos.





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