Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do ES rejeita contas de Renato Casagrande, que rebate

Inicialmente, o Tribunal de Contas, ao enviar seu parecer, havia sugerido a aprovação das contas do chefe do Executivo.

Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do ES rejeita contas de Renato Casagrande, que rebate
A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa rejeitou por cinco votos a dois a prestação de contas do governador Renato Casagrande (PSB), relativa ao ano de 2013. A sessão foi marcada por muito bate-boca entre os deputados. Inicialmente, o Tribunal de Contas, ao enviar seu parecer, havia sugerido a aprovação das contas do chefe do Executivo. 

Votaram pela rejeição os deputados Euclério Sampaio (PDT), José Esmeraldo (PMDB), Luzia Toledo (PMDB), Paulo Roberto (PMDB) e Dary Pagung (PRP). Apenas os deputados Ataide Armani (DEM) e Lúcia Dornelas (PT) votaram pela aprovação das contas de Renato Casagrande.
O primeiro relator das contas, deputado Ataíde Armani, largou a relatoria do processo por achar que não houve tempo suficiente para analisar as contas. Ele chegou a pedir um prazo de mais cinco dias, mas o pedido foi rejeitado pelos colegas.
 
O pedetista Euclério Sampaio assumiu, então, a relatoria. Em seu parecer, Euclério destacou que o Governo descumpriu a meta fiscal para 2013 que era de um superavit de cerca de R$ 290 milhões. O relatório aponta que a administração de Casagrande fechou o ano com um deficit de R$ 316 milhões.
 
O parecer da Comissão de Finanças será apreciado pelos demais deputados na próxima sessão da Assembleia na segunda-feira (15).
 
Casagrande rebate

O governador Renato Casagrande declarou na tarde desta quarta-feira que reprovação das contas de seu governo por parte da Comissão de Finanças da Assembleia é uma manobra política liderada pelo governador eleito Paulo Hartung (PMDB), para desqualificar o seu governo. 

"O que a comissão fez foi uma injustiça. O meu governo é um governo decente, sério. Eles apenas não aprovaram porque não atingimos a meta fiscal. Só que ela não é importante para a avaliação de contas, quando o Governo também tem saúde fiscal. Esse argumento técnico usado pela comissão é falso e sem fundamento. Feito apenas para justificar um movimento político", afirmou.

Alem disso, o atual governador explicou que a gestão de Hartung, no passado, também, não cumpriu com a meta fiscal, mas nem por isso teve as contas rejeitadas. 

"Para se ter uma ideia, em 2006, Hartung tinha como meta um superávit de R$ 382 milhões, mas fechou com R$ 292 milhões. Já em 2009, tinha como meta um superávit de R$ 308 milhões e fechou com déficit de R$ 413 milhões. No ano de 2010, a meta era superávit de R$ 306 milhões e o déficit foi de R$ 752 milhões", pontuou.

Fonte: Gazeta Online




COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA