Sede da Central de Videomonitoramento fica pronta no fim do mês. Mas 80 câmeras funcionando, em 2015

É bom anotar: até o fim deste mês – outubro – a sede da Central de Videomonitoramento estará pronta para abrigar os equipamentos necessários para sintonizar as 80 câmeras de videomonitoramento instaladas em pontos estratégicos da cidade e que ainda estão sem funcionar. Mas, para que a segurança do linharense ganhe o reforço das câmeras é outra história. E outros prazos que a Prefeitura evitar fornecer. A expectativa é que apenas em 2015 as câmeras estejam em pleno funcionamento. Já foram investidos mais de R$ 3 milhões no projeto numa parceria do Governo do ES com a Prefeitura.

A notícia do término da obra que vai abrigar a Central de Videomonitoramento foi dada pelo secretário de Cidadania e Segurança Pública de Linhares, Washington Monteiro, às polícias Civil e Militar e ao presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Linhares, na tarde desta segunda-feira (13) na Secretaria de Segurança, no Centro. 

A reunião foi convocada pelo secretário de Cidadania e Segurança Pública para discutir a instalação das câmeras e quais ações estão sendo realizadas para coibir a prática de arrombamentos às lojas do centro da cidade que se tornaram frequentes nos últimos dias.

 

Inicialmente, Washington explicou que em maio ocorreu a licitação da compra dos equipamentos de informática para a instalação da central de videomonitoramento. Naquele momento, a Prefeitura constatou que alguns itens de informática não foram apresentados de acordo com as especificações técnicas previstas no edital. 

A prefeitura apontou a falha e aguardou vencimento do prazo legal para recurso, que encerrou no dia 4 de julho. No dia 19 de agosto houve outra licitação para compra do restante dos equipamentos que não foram adquiridos no primeiro pregão. Agora, a secretaria aguarda a entrega dos equipamentos para a conclusão da instalação da central que, atualmente, funciona na sede do 12º Batalhão da PM. 

Em relação aos arrombamentos, o delegado Walter Barcelos informou que a comunicação do crime e a preservação do local são importantes para a identificação dos criminosos. "A Polícia Civil está trabalhando na coleta de informações para chegar à autoria desses crimes. Vale ressaltar que parte dessa investigação é prejudicada quando o comerciante desfaz o local de crime logo após o ocorrido. O certo é deixar a cena da forma que foi encontrada para que a perícia seja realizada e que as informações do local sejam confrontadas com os dados já existentes em nosso sistema", explicou o delegado. 

O tenente-coronel Evandro destacou as ações já realizadas pela Polícia Militar, em especial, no centro de Linhares. "Vimos que, cada um na sua função, vai trabalhar em prol da melhoria da segurança no município. A Polícia Militar já realiza um trabalho preventivo e de acompanhamento do videomonitoramento da prefeitura para ampliar a possibilidade de identificação e localização dos suspeitos", ressaltou o comandante da PM em Linhares.

O presidente da CDL, Marcelo Japhet, disse que ficou satisfeito com o resultado da conversa. "Ficou esclarecido que as polícias estão tomando as providências cabíveis para que a população e os comerciantes tenham maior sensação de segurança. A CDL vai fazer o possível para contribuir com o trabalho da polícia e também da Secretaria de Segurança do município", disse o presidente. 

Câmeras auxiliaram na detenção de 128 pessoas no primeiro semestre deste ano 

No primeiro semestre deste ano, de acordo com a Prefeitura de Linhares, 128 pessoas foram detidas pela polícia graças ao trabalho do setor de monitoramento da Guarda Municipal do município. Os dados da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública apontam que entre os flagrantes registrados por meio da utilização das câmeras estão brigas, uso de drogas, condução de veículos com documentação vencida, vandalismos, acidentes, além de várias ocorrências de pessoas em atividade suspeita. 

Sempre que algo chama a atenção dos operadores das câmeras, a Polícia Militar vai ao local para averiguar a situação. Em alguns casos, o problema é resolvido na hora com o diálogo e a conciliação das pessoas envolvidas. Já em ocorrências mais sérias, como porte de armas ou uso e tráfico de drogas, a PM faz a abordagem dos suspeitos e encaminha os envolvidos para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares.