Mesmo após condenação, acusado de matar namorada no sexo segue em liberdade

A advogada de defesa explicou que o seu cliente cumpriu rigorosamente as medidas cautelares impostas a ele "desde a época dos fatos, buscando a sua ressocialização". Por isso, o juiz concedeu o benefício

Mesmo após condenação, acusado de matar namorada no sexo segue em liberdade

A defesa de Marcos Rogério Amorim Júnior, 26 anos, condenado a 13 anos e nove meses de prisão por matar a namorada Arielle Martins Pardinho durante uma relação sexual, em Linhares, Norte do Estado, manifestou ainda nesta quarta-feira (6), dia do julgamento, a intenção de recorrer da sentença. A advogada Monique Mendonça disse que ainda vai apresentar as razões da apelação "sob o fundamento de que a decisão do júri foi contra às provas dos autos".

 

Enquanto isso, Marcos Rogério vai aguardar em liberdade. A advogada explicou que o seu cliente cumpriu rigorosamente as medidas cautelares impostas a ele "desde a época dos fatos, buscando a sua ressocialização". Por isso, o juiz concedeu o benefício. O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, localizado no bairro Três Barras, em Linhares. Usando uma camisa com a foto da jovem, familiares e amigos pediram justiça na frente do Fórum. Uma amiga da família de Arielle, Juliana Ferreira, que estava no julgamento, disse que Marcos Júnior se defendeu dizendo que o tiro foi acidental.

 

A morte de Arielle completou cinco anos em setembro. Na época do crime, a jovem tinha 21 anos.

 

O CRIME

 

A jovem Arielle Martins Pardinho, 21 anos, foi morta com um tiro na boca no momento em que ela e o namorado, o estudante Marcos Rogério Amorim dos Santos Júnior, mantinham relação sexual. O crime aconteceu no apartamento da família do suspeito, no Centro de Linhares. Em depoimento, na época, Marcos contou que ele e a namorada faziam brincadeiras sexuais quando, acidentalmente, o revólver disparou, atingindo a moça. A vítima morreu no local.

 

Após o depoimento, o estudante foi liberado. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso, Fabrício Lucindo, informou que Marcos foi liberado, pois não se configurou um flagrante e por ele ter se apresentado por livre e espontânea vontade. O pai do rapaz, o policial rodoviário federal aposentado Marcos Rogério Amorin dos Santos, teria dado fuga ao filho, mas, em depoimento, negou o fato. No entanto, marcas de sangue no carro dele desmentiram a versão do aposentado. Em novo testemunho, ele voltou atrás e confirmou as suspeitas da perícia.

Fonte: Gazeta Online







COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA