Menina sequestrada em creche da Prefeitura é encontrada pela família em Teixeira de Freitas

A menina Maria Victória Carapina, de 5 anos levada do Centro de Educação Infantil Municipal Aristides Pinto Caldeira, no bairro Aviso, na terça-feira da semana passada, já está com a família. A própria mãe adotiva resgatou a criança nesta quinta-feira (26) em Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, a 230 quilômetros de distância. Maria Victória estava na casa da mãe biológica, suspeita de ter levado a criança, porém ela não tem a guarda da filha.

A mãe adotiva contou que foi para a cidade baiana porque a acusada "sempre ia para esses lados, Bahia, Teixeira, porque a família dela, a parte da mãe dela, mora para esses lados. E uma época eu fui numa casa que ela morava na Bahia. Então, como ele (o marido) não tem esse parentesco aqui, a gente sabia que era para esses lados que ela estava. Ela não estaria em outro lugar. E eu fui com o meu instinto de mãe, de mulher, que é forte, e Deus me mostrou. Antes de ir, eu fui para igreja, orei muito e Deus falou: você vai achar a sua filha e vai buscar a sua filha. E fui à procura, fui rodando rua, investigando, olhando cada canto, vendo cada criança, até a hora que Deus me mostrou ele (o marido dela). Foi a primeira pessoa que eu vi. Quando eu a vi, consegui anotar o endereço, fiquei vigiando um tempo. Depois fui para o DPJ e falei: é ali que eles estão, eu preciso da minha filha. Aí eles me deram o suporte e nós fomos buscar a minha filha", narrou a mãe adotiva.

O delegado do município ouviu a família para a criança e pediu um exame de corpo de delito da menina, porque havia marcas de agressão no corpo dela. A mãe biológica chegou a ser presa, mas de acordo com Patrícia, foi liberada e vai responder o processo em liberdade. O delegado não comentou se o caso vai ser tratado como sequestro ou o que pode acontecer com a mãe biológica.

Mãe critica escola

Para a mãe da menina, a escola foi irresponsável por ter liberado a aluna sem autorização da família. "Fiquei muito triste com a prefeitura. A secretaria de Educação disse que deu todo apoio à família, mas em momento algum eles compareceram à minha casa. É muito fácil falar que ajuda mas eles não fizeram nada. Eu quero justiça em relação à escola porque a minha filha poderia não estar aqui hoje. O que fizeram foi um grande erro porque toda vez que a gente vai fazer uma matrícula está lá escrito quem pode pegar, os telefones de contato. Eles não verificaram nada disso. Só pegaram a minha filha e entregaram. Foi uma falta de compromisso, essa pessoa não deveria estar na posição que está, porque ela não foi profissional, não é uma educadora. Ela só prejudicou a vida de muita gente”, critica.

Sobre as críticas da mãe adotiva em relação à secretaria de Educação, a assessoria informou que a direção da escola, imediatamente, acionou a polícia e o Conselho Tutelar para que todas as medidas fossem adotadas. Os profissionais da escola prestaram os depoimentos à Polícia Civil sempre que foram convocados, pois a investigação foi responsabilidade da polícia.

A Secretaria de Educação abriu um procedimento administrativo e apura a responsabilidade dos servidores em relação ao caso. Com informações do G1/ES e Gazeta Online.