Julgamento do acusado de matar namorada durante relação sexual começa hoje (6)

Marcos Rogério Amorim dos Santos Júnior vai a júri popular como o principal acusado de matar a namorada Arielle Martins Pardinho num apartamento no centro de Linhares.

Julgamento do acusado de matar namorada durante relação sexual começa hoje (6)
O julgamento do universitário Marcos Rogério Amorim dos Santos Júnior, principal suspeito da morte da jovem Arielle Martins Pardinho, começa na manhã desta quarta-feira (6) no Salão do Júri do Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras. O crime aconteceu em 3 de setembro de 2012, quando o acusado teria assassinado Arielle, sua então namorada, com um tiro na boca durante o sexo. Segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Marcos Rogério segue em liberdade, aguardando o julgamento. Em sua defesa, ele alegou que o tiro foi acidental, após o casal usar a arma como um fetiche durante o sexo.
 
Em seu perfil nas redes sociais, a mãe de Arielle, Neuci Gomes Martins, postou um pedido para que as pessoas participem do julgamento. "O apoio moral de todos é muito importante para uma mãe como eu, que espera por Justiça há cinco anos”, escreveu. Neuci afirmou ainda que todos devem lutar juntos contra a violência que atinge as mulheres. "Sabemos que existem homens que são verdadeiros e respeitam as mulheres, porém existe uma parte que infelizmente acha que a mulher merece apanhar e até mesmo morrer de forma brutal e sem piedade. Há cinco anos eu perdi minha filha devido a isso e não desejo que mais mães passem por isso que estou vivendo”, ressaltou.
 
O crime
 
Arielle foi morta no apartamento da família de Marcos Rogério, no Centro de Linhares. Na época, o acusado disse em depoimento que o casal fazia brincadeiras sexuais quando o revólver disparou acidentalmente, atingindo a boca da jovem. Ela morreu no local do crime. Na ocasião, tanto Arielle quanto o então namorado tinham 21 anos.
 
Marcos foi liberado após depoimento ao delegado responsável pelo caso, Fabrício Lucindo, que informou na época que o universitário se apresentou por livre e espontânea vontade e não se configurou flagrante.
 
O pai do acusado, o policial rodoviário federal aposentado Marcos Rogério Amorim dos Santos, teria dado fuga ao filho, mas, em depoimento, negou o fato. Porém, marcas de sangue no carro dele desmentiram a versão do aposentado. Em novo testemunho, ele voltou atrás e confirmou as suspeitas da perícia.





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