Juíza converte em preventiva prisão do pai de Kauã

Rainy Butkovsky foi preso por desacatar juiz após audiência com os acusados pela morte do filho e do irmão Joaquim

Juíza converte em preventiva prisão do pai de Kauã
A juíza da 4ª Vara Criminal de Linhares converteu em preventiva a prisão de Rainy Butkovsky, pai do menino Kauã, morto em abril do ano passado em um incêndio, juntamente com o irmão, Joaquim.  Segundo a advogada Lharyssa de Almeida Carvalho, que integra a equipe que representa a família de Rainy Butkovsky, a juíza marcou para a próxima terça-feira (26) uma audiência para oitiva de Rainy. "No entanto, ele pode ser solto a qualquer momento, já que entramos com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça”, disse a advogada. O pedido de relaxamento da prisão foi feito na tarde de ontem (20) pelo assistente de acusação e advogado Sinderson Vitorino. 

A prisão de Rainy aconteceu na terça-feira (19) após mais uma audiência do caso, no Fórum de Linhares, onde os acusados pela morte das crianças foram interrogados. Durante a audiência, Rainy e familiares protestavam do lado de fora do Fórum. Depois de sair e ver o tumulto no local, um juiz que presidia outra audiência deu voz de prisão a ele. Rainy foi levado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) para prestar depoimento e passou a noite no local. 

E na manhã dessa quarta, ele foi levado para o Serviço Médico Legal (SML), onde passou por exames. Por volta das 10h, foi encaminhado à Penitenciária Regional de Linhares.

O que diz a defesa de Rainy

O assistente de acusação e advogado que representa a família de Rainy, Sinderson Vitorino, disse que considera a voz de prisão ilegal e que vai entrar com uma representação contra o juiz. "Meu cliente não violentou ninguém, não fez nada de errado. Vamos entrar com uma representação tanto na Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Espírito Santo quanto na delegacia, por abuso de autoridade", falou.

Familiares que estiveram com Rainy durante todo o dia, na porta do Fórum, também criticaram a prisão. "Nós estamos aqui pedindo justiça por duas crianças que foram mortas por um pai e um padrasto e por uma mãe omissa. Ela tá solta e o meu filho tá preso. Quero saber que Justiça é essa, meu filho não fez nada, tá tudo gravado", alegou a mãe de Rainy, Marlúcia Butkovsky.

Advogados disseram que vão entrar com pedido de habeas corpus para tentar a liberdade de Rainy.





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