Familiares pedem justiça: um ano após o crime, caso Kauã e Joaquim ainda não foi julgado

De acordo com o TJES, o processo está sendo analisado pelo juiz André Dadalto, que deverá definir se Georgeval e Juliana passarão por júri popular

Familiares pedem justiça: um ano após o crime, caso Kauã e Joaquim ainda não foi julgado
Um ano após o assassinato dos irmãos Kauã Salles Butkowsky, de 6 anos, e Joaquim Salles Alves, de 3 anos, o caso continua tramitando na 1ª vara criminal de Linhares. O acusado de cometer o crime, Georgeval Gonçalves Alves - pai de Joaquim e padrasto de Kauã, permanece preso. Já a mãe das crianças, Juliana Salles, denunciada por omissão, responde ao processo em liberdade. 

De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o processo está sendo analisado pelo juiz André Dadalto, que deverá definir se Georgeval e Juliana passarão por júri popular. Georgeval foi preso no dia 28 de abril de 2018, sete dias após o crime. Após análise do Ministério Público, Juliana também foi presa, mas foi posta em liberdade no último dia 30 de janeiro.

A avó paterna de Kauã, Marlúcia Butkowsky, concedeu entrevista à equipe de reportagem da TV Vitória no último domingo (21). Ela falou sobre a saudade que sente do neto e a morosidade da Justiça. "Até hoje tem uma interrogação enorme em relação a isso. Uma pessoa que faz isso não consegue ser humano, não pode ser", disse.

Sobre a soltura de Juliana Salles, a avó da vítima disse que ela tem que pagar pela omissão e espera que a justiça seja feita. "Ela tem que pagar também, ela foi omissa. Se sabia que aquele homem era um crápula, não tinha que deixar os dois filhos com ele [...] a única esperança que eu posso ter hoje é que eles vão pagar".

Relembre o caso

Os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados, durante um incêndio na casa em que moravam, no Centro de Linhares, no dia 21 de abril de 2018. Na ocasião, Juliana estava viajando e Georgeval estava sozinho em casa com o filho e o enteado. No início, as mortes foram tratadas como um incidente, porém após reviravoltas no caso e investigações da Polícia Civil, Georgeval foi apontado como o autor do crime. 

De acordo com inquérito policial, ele agrediu e violentou as crianças e em seguida ateou fogo no quarto em que os meninos dormiam, para 'apagar' as provas do estupro e das agressões.
 
Fonte: Folha Vitória





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