Familiares dos irmãos Joaquim e Kauã, que morreram em um incêndio em Linhares, fizeram uma manifestação para pedir justiça, nesta terça-feira (11). O grupo se concentrou na frente da 1ª Vara Criminal de Vitória, onde acontece a quarta audiência para apurar o assassinato dos meninos. Em frente ao local, onde treze testemunhas, entre homens do Corpo de Bombeiros e peritos da Polícia Civil, foram convocados para audiência, os manifestantes colocaram faixas com pedidos de justiça. A audiência acontece em Vitória a pedido do juiz de Linhares, que conduz o caso.
O magistrado tomou a decisão levando em consideração que todas as 13 testemunhas moram na Grande Vitória. Ele entendeu que o deslocamento para o Norte do Estado poderia causar transtornos logísticos para as pessoas. "É importantíssimo as testemunhas virem em juízo para revalidar o que eles já haviam declarado em inquérito policial. Tanto o Corpo de Bombeiros como a Polícia Civil fizeram excelentes trabalhos. Analisaram ambientes internos, externos. Tudo o que esses profissionais identificaram, decifraram esse verdadeiro enigma. Foi um caso difícil", disse o assistente de acusação Silderson Vitorino.
Sete pessoas foram ouvidas na terça-feira e outras seis nesta quarta-feira (12).
Pastores acompanham audiência
Os pastores Georgeval e Juliana Alves participam da audiência e chegaram no local cada um em um carro da Secretaria Estadual da Justiça (Sejus), pouco antes das 13 horas. Uma outra audiência está marcada para acontecer no dia 19 de fevereiro, em Linhares, onde o juiz responsável pelo caso vai confrontar os relatos de Georgeval e Juliana com o que narram as testemunhas através de testemunhos e provas técnicas.
Audiências
•A primeira audiência do caso aconteceu na 1ª Vara Criminal de Vitória, no dia 10 de outubro. Nela, foram ouvidas cinco testemunhas.
•Já a segunda aconteceu no Fórum de Linhares, no dia 23 de outubro, onde foram ouvidas 16 testemunhas.
•A terceira também aconteceu em Linhares, no dia 27 de novembro e 15 testemunhas foram ouvidas.
Caso
As crianças morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.
Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.
Fonte: G1/ES.