Família de Linhares tenta provar que homem está preso injustamente

Segundo os parentes, Gilmar Alves Pinto tem o mesmo nome do verdadeiro criminoso. Ele é acusado de ter cometido um duplo assassinato.

Família de Linhares tenta provar que homem está preso injustamente
Uma família de Linhares, tenta provar para a Justiça que um homem preso por suspeita de homicídio é inocente. Segundo os familiares, a prisão aconteceu porque ele tem o mesmo nome e sobrenome do verdadeiro suspeito. O processo está sendo analisado pelo Ministério Público.

O agricultor Gilmar Alves Pinto foi preso nesta semana, suspeito de ter matado Nedino Carvalho, de 41 anos, e Neidimara Chagas Carvalho. O crime aconteceu no bairro Nova Esperança, em Linhares, em outubro de 2003.

Segundo a família das vítimas, eles foram mortos a tiros por um homem que chegou na casa deles chamando por Nedino. Em seguida, o suspeito fugiu. Gilmar foi preso pelo crime está na penitenciária de Linhares. Mas, segundo familiares e amigos, não foi ele quem cometeu o duplo assassinato. "Ele é um cara bem visto por todo mundo que conhece ele. Ele tem um comportamento exemplar, a verdade é essa”, disse o amigo Jessé Pinheiro.

Um amigo que estava com o agricultor quando ele foi preso, conta que Gilmar é homônimo do verdadeiro criminoso. "Ele [o policial] algemou o Gilmar e eu falei com o outro policial ‘confere direito porque a gente conhece ele e não deve ter nada’. Aí ele puxou de novo, e falou ‘é isso mesmo, Gilmar Alves Pinto. Só que aqui está constando dois Gilmar. Como a gente não saber se é você ou o outro, agente vai levar para averiguação’.”, lembrou Jonatas Sampaio.

A família das vítimas assassinadas também protesta contra a prisão de Gilmar. "A gente está revoltado porque tem um pai de família lá numa cela, sem dever nada a ninguém. A gente quer ajudar eles para achegar a pessoa culpada”, disse uma das filhas de Nedino, que preferiu não se identificar.

Para o advogado da família, Geraldo Rosseto, houve falha na investigação do crime. Ele disse que já deu entrada no pedido de liberdade do cliente. "Despachei com o juiz porque ele se sentiu na obrigação de analisar, e falou que vai analisar urgentemente e que até sexta-feira vai ter uma decisão se libera ou não”, contou.

O processo está com o Ministério Público para análise e emissão do parecer. Assim que retornar, será proferida a decisão pelo juiz competente.

Fonte: G1/ES.




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