Bebê de 1 ano e 6 meses morre, e família acusa HGL de negligência médica

A Prefeitura de Linhares informou que a criança foi atendida por um pediatra, mas, não resistiu e veio a óbito.

Bebê de 1 ano e 6 meses morre, e família acusa HGL de negligência médica
Um bebê de 1 ano e 6 meses morreu no Hospital Geral de Linhares (HGL) na madrugada da última segunda-feira, 6, e a família acusa o hospital por negligência médica. A dona de casa Rarieli Santos Santana, 18, levou o filho Kauãn Santos Lima ao hospital na noite de domingo, 5, com vômito e diarreia. Segundo ela, a criança foi diagnosticada com desidratação e medicada com soro. Mas o quadro se agravou e o menino começou a ter febre e convulsões. Um medicamento foi aplicado no bebê e, horas depois, ele morreu.

"Ele estava apenas no soro, e usando um aparelho de oxigênio para ajudar na respiração, mas depois da febre e da convulsão aplicaram diazepam nele, acho que a dose foi muito alta. Parecia que tinha melhorado, mas por volta das 4h30 tiraram o aparelho para colocar a nebulização. Foi então que ele suspirou e não voltou mais”, relatou a mãe.

Rarieli reclamou ainda que seu filho foi atendido por um cardiologista e não por um pediatra. "Não tinha pediatra para atender meu filho. Entendo que o médico ideal para atender as crianças é o pediatra e não o cardiologista”, lamentou.

A família da criança registrou um boletim de ocorrência da 16ª Delegacia Regional de Linhares na tarde desta quinta-feira (9). O delegado Walter Barcelos já solicitou a ficha clínica de Kauãn e está investigando o caso. Na certidão de óbito consta que Kauãn morreu por desidratação, gastroenterite e septicemia (infecção generalizada).

Prematuro

A mãe explicou que Kauãn nasceu prematuro e com má formação no esôfago. Ficou quatro meses na Utin para corrigir o problema e sempre respirando com ajuda de oxigênio. Em casa, após três meses conseguiu respirar sem o oxigênio.

Mas ainda precisava de um aparelho na garganta para ajudar na respiração, porque ele tinha muita secreção. Mas Rarieli garantiu que o filho não sofria com falta de ar. 

Três crianças mortas em 2 meses em Linhares

Este é o segundo caso de morte de criança no sistema de saúde do município registrado na Polícia Civil nesta semana, e o terceiro em menos de dois meses. 

No último sábado (4), um bebê nasceu dentro do vaso sanitário do Hospital Rio Doce. Segundo o hospital, a criança nasceu com batimentos cardíacos fracos e não resistiu. A mãe, Cláudia Rissi, disse que os médicos não quiseram estourar a bolsa para adiantar o parto.  Já no dia 10 de agosto, Bárbara Coutinho, de 10 anos, morreu no HGL, por falta de atendimento. Três médicos foram indiciados por homicídio doloso (quando assume o risco de matar) e omissão de socorro.

O outro lado

"Foi realizado todo o protocolo”
Ao contrário do que relatou a mãe de Kauãn, a Prefeitura de Linhares informou que a criança foi atendida por um pediatra. Disse ainda que após o quadro se agravar, com febre de 40,1ºC e crises convulsivas de difícil controle, iniciou-se uso de antibiótico venoso Rocefin, e não Diazepam. Às 4 horas, o menino apresentou quadro de parada cardiorrespiratória, sendo realizado todo protocolo de atendimento, mas ele não resistiu.

Fonte: Gazeta Online




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