Policiais de Linhares serão treinados para atender vítimas de violência doméstica

Policias civis e militares de Linhares e municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado serão treinados para atender mulheres vítimas da violência doméstica. O anúncio foi feito por promotores de Justiça que atuam no Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (NEVID), durante reunião realizada segunda (30) na Promotoria de Justiça, em Linhares.

O objetivo da Secretaria de Estado da Segurança Pública é fazer com que os policiais tenham ciência das ações que cada município promove em relação a assistência às mulheres vítimas da violência doméstica. O encontro reuniu representantes das secretarias de Assistência Social e Segurança Pública e Defesa Social de Linhares, além de representantes do Governo do Estado, promotores de Justiça e servidores das prefeituras de Aracruz, São Mateus, Nova Venécia, Colatina e Barra de São Francisco.

A gerente de proteção à mulher da Secretaria de Estado da Segurança, Fernanda Braumer, ressalta a importância da parceria entre os municípios e policiais. "Essa atuação em rede é importante para obter-se resultados melhores", analisa.

O treinamento para o projeto intitulado "Visitas Tranquilizadoras" acontece em Linhares entre os dias 14 e 17 de abril no auditório da Promotoria de Justiça de Linhares. Os policiais dos seis municípios receberão treinamentos para realizar as visitas e terão conhecimento da Lei Maria da Penha, além da apresentação dos números da violência contra a mulher na região. O projeto já está em vigor na região metropolitana da capital do Estado.

O objetivo é realizar visitas pessoais às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que possuem Medidas Protetivas de Urgência (MPU) concedidas pelo Poder Judiciário. Policiais militares treinados realizam as visitas tranquilizadoras, fazem perguntas contidas em um formulário de atendimento e ao final de cada visita, registram o trabalho em um boletim de ocorrência. Antes desse projeto, as visitas às casas das vítimas só eram feitas quando elas acionavam a Polícia.