Navio da Marinha chega a Regência para monitorar impactos da lama

A embarcação conta com 130 especialistas de diversas áreas, sendo 110 da Marinha e 20 de instituições do Espírito Santo e de fora do Estado.

Navio da Marinha chega a Regência para monitorar impactos da lama
O navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, da Marinha Brasileira, segue para Regência nesta quinta-feira (26) para estudar os impactos causados pela lama que chegou ao mar, após o rompimento da barragem da Samarco em Minas Gerais. A embarcação conta com 130 especialistas de diversas áreas, sendo 110 da Marinha e 20 de instituições do Espírito Santo e de fora do Estado.

Em um workshop sobre os enfrentamento aos impactos ambientais da lama, que aconteceu na Capitania dos Portos na tarde desta quarta-feira (25), em Vitória, foram criados cinco grupos de atuação que vão no navio para trabalhar em ações relacionadas à fauna, ao ambiente do ciclo da calha do Rio Doce e de lagoas associadas, ao ambiente marinho e costeiro, às questões socioeconômicas e às questões de tecnologia e tratamento da água.

O navio vai coletar amostras da água e do solo na região. Os materiais serão levados para laboratórios, onde os estudos vão indicar os possíveis impactos ambientais na área da foz do Rio Doce. De acordo com o comandante da Capitania dos Portos do Espírito Santo, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Marcos Aurélio de Arruda, o navio Vital de Oliveira vai possibilitar um monitoramento da região de Regência com informações mais atualizadas.

"Agora, está sendo medido, diariamente, pela Marinha, a velocidade do vento na área e a velocidade da corrente de modo que, a partir de dados mais atuais, seja possível efetuar novamente os estudos para que se tenha um resultado mais próximo da realidade atual em relação à possível dispersão da lama na região”, destacou o comandante à Rádio CBN Vitória.
 
O navio vai monitorar os impactos da lama na fauna, no mar, no Rio Doce e lagoas associadas.
 
 
Vale, dona da Samarco, investiu R$ 70 milhões no navio

O navio Vital de Oliveira serve como plataforma marítima, laboratório oceânico e laboratório multiuso. Ele é equipado com 30 equipamentos científicos e tem capacidade de mapear dados da atmosfera, oceano, solo e subsolo marinhos.

De acordo com o Ministério da Defesa, a embarcação foi adquirida em 2013 por aproximadamente R$ 162 milhões em um parceria entre a própria pasta da Defesa, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Marinha Brasileira e as empresas Petrobras e Vale, que é dona de uma parte da Samarco, a mineradora responsável pela barragem de rejeitos de minério que se rompeu em Minas Gerais. O investimento da Vale foi de R$ 70 milhões.





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