MPES vai apurar contaminação do Rio Pequeno e fazer vistorias no sistema de captação de água do Saae

O MPES requisitou diversos documentos, como o diagnóstico técnico de vistoria realizado pelo agente de Meio Ambiente de Recursos Hídricos da AGERH.

MPES vai apurar contaminação do Rio Pequeno e fazer vistorias no sistema de captação de água do Saae
A contaminação das águas do Rio Pequeno, principal fonte de abastecimento de Linhares, será investigada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares. O órgão instaurou um procedimento para apurar o que ocasionou uma mancha escura e um forte odor de esgoto na água que deixou mais de 80 mil pessoas sem água na torneira e fez o município decretar situação de emergência.

Segundo o MPES,  técnicos do Centro de Apoio do Meio Ambiente (Caoa) da instituição farão diversas vistoria no sistema de captação de água do Rio Pequeno, para examinar a origem do material e a segurança para a população, bem como avaliar as providências adequadas e apontar as medidas preventivas e necessárias para que os fatos não ocorram novamente.

"Essas informações fundamentarão um relatório a ser emitido pelo MPES com as ações necessárias para a melhoria do sistema de captação, tratamento e distribuição de água na região e também fornecerão elementos para que o MPES avalie e adote as medidas cabíveis, em relação às irregularidades que porventura tenham sido cometidas”, informou o Ministério Público.

Em reunião na última quinta-feira (01), com a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e com a Procuradoria do Município de Linhares, o MPES requisitou diversos documentos, como o diagnóstico técnico de vistoria realizado pelo agente de Meio Ambiente de Recursos Hídricos da AGERH, para análise.

Iema emite auto de infração

O Iema emitiu um auto de infração à Prefeitura de Linhares na manhã desta sexta-feira (02) devido à obra de dragagem na Lagoa Juparanã na tentativa de dar vazão ao Rio Pequeno. A informação é da Assessoria de Imprensa do Instituto Estadual de Meio Ambiente. A fiscalização do Iema esteve na lagoa e constatou que a obra já foi paralisada. Mesmo assim, lavrou o auto de infração.

De acordo ainda com o Iema, durante reunião envolvendo a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), o Ministério Público, o SAAE de Linhares e a Prefeitura Municipal, foi decidido que, se houver interesse em retomar a obra, a Prefeitura precisará requerer as licenças ambientais ao Iema, e solicitar o pedido de outorga à Agerh.

Por meio de Nota, a Assessoria de Imprensa confirmou que a Prefeitura recebeu um Auto de Intimação do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) relacionado à limpeza do canal entre a Lagoa Juparanã e o Rio Pequeno. O conteúdo do auto indica como a Prefeitura deve proceder nos trabalhos, o que já estava sendo feito, e informa que a primeira fase do trabalho já foi concluída. De acordo com a Nota, o documento do Iema traz apenas instruções caso o Município volte a executar ações no canal.

Diretor explica obra de vazão

O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Gelson Suave, explicou em coletiva de imprensa que o objetivo da obra, que está sendo feita na boca da Lagoa Juparanã, no encontro com o Rio Pequeno, é aumentar o fluxo do rio para que as impurezas que estiverem no manancial sigam em direção ao Rio Doce.

O primeiro exame das águas do rio indicou a presença de cianobactéria, que pode ser nociva à saúde humana. Na sexta-feira (25), o município informou que a mancha havia se dissipado e testes laboratoriais apontaram que a água já podia ser tratada pelo Saae. O abastecimento já está normalizado.
 





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