Georgeval Alves e Juliana Sales não serão ouvidos em audiência nesta terça-feira

Apesar de Georgeval e Juliana não serem ouvidos pelo juiz responsável pelo caso nesta terça-feira, os réus têm o direito de acompanhar a audiência

Georgeval Alves e Juliana Sales não serão ouvidos em audiência nesta terça-feira

A segunda parte da audiência de instrução do caso que apura as mortes dos irmãos Kauã, de 3 anos, e Joaquim, de 6, encontrados mortos após um incêndio na residência da família em abril deste ano, será realizada nesta terça-feira (23). Georgeval Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, e Juliana Sales, mãe dos irmãos, não fazem parte da lista de testemunhas arroladas para a audiência. 

Desta vez, as oitivas serão realizadas no Fórum de Linhares, no bairro Três Barras. A audiência não será aberta ao público nem à imprensa, pois o processo tramita em segredo de justiça.

Apesar de Georgeval e Juliana não serem ouvidos pelo juiz responsável pelo caso nesta terça-feira, os réus têm o direito de acompanhar a audiência, caso queiram ou a defesa deles solicite. De acordo com informações apuradas pelo jornal online Folha Vitória, a expectativa é de que apenas Georgeval Alves acompanhe os depoimentos nesta terça-feira. 

Entre as 15 testemunhas que estarão presentes nesta terça-feira estão familiares de Juliana Sales, bombeiro militar, membros da Igreja em que Georgeval Alves era pastor, além de um dos delegados que integrou a força-tarefa responsável pelas investigações. 

O crime

Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky de 6 anos, morreram em um incêndio no dia 21 de abril deste ano, em Linhares. Georgeval, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado pelo Ministério Público do Espírito Santo de estuprar, agredir e queimar as crianças ainda vivas. Ele foi preso uma semana após o crime e segue detido no Centro de Detenção Provisória de Viana.

Apesar de Juliana, mãe dos irmãos, não estar na casa na noite do crime, ela também foi presa porque, segundo denúncia do Ministério Público, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam. Juliana foi detida em Minas Gerais e depois transferida para o presídio feminino de Cariacica.

Também serão realizadas audiências em São Mateus e em Minas Gerais, estado onde Juliana foi presa. As testemunhas serão ouvidas por 'carta precatória', instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de outra comarca.

A audiência de instrução é a sessão na qual são produzidas grande parte das provas orais do processo. São ouvidas as partes (réus e acusação) e suas respectivas testemunhas.

Fórum em Linhares

A audiência desta terça-feira (23) será realizada no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, localizado no bairro Três Barras, em Linhares, no norte do Espírito Santo. 

Na tarde desta segunda-feira (22), a reportagem do Folha Vitória entrou no salão, localizado no térreo do Fórum, onde será realizada a audiência. As testemunhas serão ouvidas no Tribunal do Júri, local onde, via de regra, é realizado júri popular. Apesar de não ser comum nesta fase do processo, o procedimento é normal pela quantidade de testemunhas arroladas. 

Na entrada da sala e nas paredes, um aviso alerta: o uso de celulares durante a sessão é proibido. Gravar sons e imagens também não é permitido.

Além do juiz responsável pelo caso e do promotor de Justiça, também estará na sessão um membro da equipe de taquigrafia, para transcrição da sessão.






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