Ex-presidente da OAB de Linhares é detido após agredir verbalmente e desacatar policiais

A PM precisou usar de força física para conter o advogado que estava no carona de um Celta; motorista apresentava sinais de embriaguez.

Ex-presidente da OAB de Linhares é detido após agredir verbalmente e desacatar policiais
Um repertório de palavras de baixo calão teria sido dito na madrugada desta sexta-feira (09) pelo ex-presidente da Seccional Linhares da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), advogado e candidato a vereador em Linhares nas últimas eleições, Petrius Abud Belmok, na sede da 16ª. Delegacia Regional, no bairro Três Barras. A confusão começou depois que ele desobedeceu a uma ordem de parada ao longo da rodovia após ter gritado "bandos de filha da p.” a um grupo de policiais militares que atendiam uma ocorrência no local. O registro está no Boletim de Ocorrência de número 30960341. Pterius estava na carona de um veículo dirigido por outro advogado. De acordo com a Polícia Civil, os dois foram autuados por embriaguez e desacato, pagaram fiança de R$ 1 mil cada um e foram liberados. O advogado contesta a versão da PM, relata que houve abuso de autoridade e nem sabe o motivo por qual foi preso.

Após proferir a ofensa, o advogado que estava no carona de um Celta branco, foi detido próximo ao Campo do América. O motorista, também advogado, apresentava sinais de embriaguez não apresentou resistência, mas, se negou a fazer o teste do bafômetro. De acordo com informações da Polícia Militar, para conseguir controlar a fúria do detido, que além das ofensas verbais tentou agredir um policial militar, foi necessário o uso de força proporcional. Petrius foi levado ao solo com técnicas de mobilização e algemado. Os dois foram levados para a Delegacia para prestarem esclarecimentos às autoridades policiais.

Ao chegarem no departamento de polícia, mais confusão. Segundo a PM, o ex-presidente da OAB xingava os policiais militares de loucos e psicopatas, chutou o portão da delegacia, e disse que iria denunciar o caso na Corregedoria da PM e que o episódio "não iria ficar assim”. Ainda consta no Boletim de Ocorrência que uma jovem teria dado um tapa na perna de Petrius como forma de produzir possíveis provas de agressão contra os policiais. O fato foi registrado por militares da janela da delegacia. 
 
O outro lado
 
Petrius contesta a versão da Polícia Militar e também registrou um Boletim de Ocorrência Unificado relatando abuso de poder. Ele garante nem saber o motivo por qual foi preso e conta que os policiais militares colocaram uma arma em sua cabeça, que não resistiu a prisão e que foi jogado no chão pelos militares. O advogado destacou que não proferiu palavras de baixão calão direcionadas aos policiais, e sim, para os abordados numa operação da PM. "Eu fui algemado e colocado dentro do cofre da viatura sem sem saber o motivo por qual eu estava sendo preso", pontuou.

A Polícia Civil de Linhares confirmou que após prestarem depoimento os advogados foram liberados sob pagamento de fiança de R$ 1 mil cada um e que o caso continuará a ser investigado pela delegacia especializada em infrações penais (Dipo). 

O que diz a OAB

O atual presidente da seccional da OAB em Linhares, Rodrigo Dadalto, disse que irá acompanhar as investigações do caso e se ficar comprovado que houve excesso no comportamento do advogado será aberto um processo ético disciplinar e as possíveis punições previstas em lei serão aplicadas. Ele lamenta o ocorrido. "Independente das possíveis providências que venham a ser tomadas, a instituição lamenta o ocorrido”, reforça Dadalto. 





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