Estudantes de SP trocam festa de formatura por trabalho voluntário em Regência

Em vez de uma viagem tradicional de formatura, alunos de uma escola de São Paulo decidiram praticar o volunturismo, uma mistura de turismo e voluntariado. Eles chegam neste domingo (23) em Regência, no litoral de Linhares, para ajudar as pessoas atingidas pela lama da Samarco. Cerca de 50 adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, do 9º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio do Instituto Sidarta, em Cotia, São Paulo, vão ajudar os moradores de Regência com projetos que elaboraram a partir das necessidades da comunidade. Eles fazem parte do Projeto Andoriar. Parte da turma esteve no local para uma visita técnica em abril. Após conhecerem a região e conversarem com as lideranças, sentiram necessidade de desenvolver ações que resgatem a cultura local e que garantam às crianças o direito ao brincar.

Projeto

Em parceria com os moradores, eles definiram seis ações a serem realizadas de amanhã até 29 de outubro: a pintura da escola de Educação Infantil, a criação de um parque sensorial para os alunos da creche, a criação de dois parques de bambu, a revitalização da biblioteca comunitária – incluindo a criação de uma seção infantil, a criação de composteiras coletivas para os moradores e o desenvolvimento de um site "para divulgar artistas e vender artesanatos”.

Segundo a orientadora educacional Camila Niemeyer, desde abril os alunos têm duas aulas por semana para que pudessem desenvolver o projeto. "Após as portas se abrirem em Regência, conversamos com representantes de escolas, pescadores, associação de moradores. Os alunos estão envolvidos e felizes, estamos em contagem regressiva”.

Para que tudo isso se tornasse possível, era preciso arrecadar recursos. Dessa forma, surgiu a ideia de reverter os lucros de eventos da escola para o projeto. Outra forma de arrecadação foi a venda das camisetas com o logo do projeto Andoriar, confeccionadas em Regência.

Para a diretora da Escola de Educação Infantil CEIM Vila Regência, Sandra Mara Santos, a expectativa para a chegada dos alunos é grande. Haverá a pintura do local e a montagem de um parque sensorial. "A reforma veio numa hora boa, o parquinho é algo que a gente almejou e nunca tinha conseguido. Tudo isso foi possível após muita conversa, eles enxergarem as necessidades e realizarem as propostas”, afirma

Alunos vão trocar a viagem tradicional de formatura pelo volunturismo, mistura de turismo e voluntariado.

Eles vão à Regência para ajudar moradores afetados pela lama de rejeitos da Samarco.

Pintura da escola de Educação Infantil, a criação de um parque sensorial, criação de dois parques de bambu, a revitalização da biblioteca comunitária, criação de composteiras coletivas e o desenvolvimento de um site.

Fonte: Gazeta Online.