Depois de proibir, Prefeitura de Linhares libera água do Rio Doce para irrigação

A conclusão foi divulgada mesmo depois que exames laboratoriais apontaram alta concentração de metais pesados como ferro, manganês e alumínio.

Depois de proibir, Prefeitura de Linhares libera água do Rio Doce para irrigação
Depois da recomendação da prefeitura para não usarem a água do Rio Doce em irrigações, desde que a lama chegou ao município, os produtores rurais de Linhares, já podem usar a água em suas plantações. De acordo com a prefeitura, a água não oferece risco de contaminação aos alimentos.

A conclusão foi divulgada mesmo depois que exames laboratoriais, encomendados pelo município, apontaram alta concentração de metais pesados como ferro, manganês e alumínio. O valor de referência para a concentração de ferro, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é de 0,1 miligrama por litro de água. A amostra retirada na última segunda-feira deu 135,340 miligrama por litro.

Mas de acordo com o secretário de Agricultura Mauro Rossoni Junior, pesquisadores de institutos federais de ensino de Minas Gerais e do Espírito Santo concluíram que os metais pesados estão dentro das moléculas de argila, que estão presentes em todos os solos. "Essas moléculas não são absorvidas pelas plantas, não há risco de contaminação”, explica Junior.

Mas a recomendação é que os produtores utilizem, se possível, sistema de filtragem de irrigação; sistemas de aeração e decantação; aumento da retrolavagem dos equipamentos de irrigação; e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Porém, o uso da água para consumo humano e dessedentação animal devem ser evitados. As amostras foram retiradas em Porto Rio Doce, no centro da cidade. Fonte: Gazeta Online.
 
Água proibida para consumo

A Prefeitura de Linhares divulgou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (25) que a água do Rio Doce no município estava imprópria para o consumo, irrigação e abastecimento animal de acordo com análises encomendadas pela administração municipal ao Laboratório Tommasi Analítica, em Vitória. As amostras foram referentes a coletas realizadas nos dias 19, 21, 22 e 23 de novembro, onde foram constatadas grandes concentrações de alumínio e ferro, por exemplo, mas, que são tratáveis. Até o momento 1.750 peixes foram encontrados mortos ao longo do Rio Doce.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Paneto, a suspensão do uso da água do Rio Doce é por precaução até que estudos mais conclusivos determinem o retorno das atividades que foram proibidas. Paneto reforçou que placas de orientação foram instaladas nos balneários de Regência e Povoação, além do Cais do Porto, com o alerta de proibição do contato com a água do mar. Em Linhares, foram construídas espécies de barreiras para evitar que a água do rio chegue às lagoas Juparanã e Nova.







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