Decolou: Governo Federal garante verba para a ampliação do aeroporto de Linhares

Três cidades: Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus ficaram de fora do projeto de expansão da aviação regional do governo federal.

Decolou: Governo Federal garante verba para a ampliação do aeroporto de Linhares
Apenas o aeroporto de Linhares foi mantido no cronograma do governo federal para receber investimentos destinados à aviação regional que irá garantir a concretização do seu projeto de ampliação. Três aeroportos do Espírito Santo foram cortados do programa e com isso deixarão de receber dinheiro da União para passar por ampliação: Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus (esses três últimos necessitavam, juntos, de cerca de R$ 150 milhões em investimentos).  

Em Linhares, as obras de ampliação estão orçadas em R$ 38,055 milhões, sendo que a Secretaria de Aviação Civil vai arcar com pelo menos 60% desse valor. A nova pista terá 1.860 metros de extensão por 45 metros de largura, ou seja, será maior que a atual pista do Aeroporto de Vitória (1.750m). O terminal vai servir de alternativa para, em casos específicos, receber voos que originalmente pousariam na Capital. A pista terá capacidade para aeronaves com mais de 130 passageiros.

Segundo o governo estadual, a importância do projeto está, principalmente, no fato de o Norte do Estado ter recebido, nos últimos anos, muitos investimentos públicos e privados. Isso gerou uma demanda muito grande pela operação de voos comerciais e particulares. A Azul Linhas Aéreas, por exemplo, já estuda realizar voos comerciais entre Linhares, Porto Seguro (BA) e Rio de Janeiro – via Aeroporto Santos Dumont -, assim que a ampliação do aeroporto estiver concluída.

Plano de Desenvolvimento

Segundo matéria da Folha de São Paulo, o governo do presidente interino Michel Temer diminuiu de 270 para 53 o número de aeroportos que vão passar por reformas de ampliação a partir de 2017. O plano para desenvolvimento da aviação regional foi criado no fim de 2012 pelo governo do PT. A presidente Dilma Rousseff chegou a avaliar a possibilidade de fazer investimentos em cerca de 800 pequenos e médios aeroportos, mas acabou reduzindo para 270.

"Nos reunimos e chegamos a conclusão de que não seriam necessários 270 aeroportos para começar um programa realista que atenda aos estados, à demanda e às empresas”, afirmou, à Folha de São Paulo, o ministro de transportes, aviação civil e portos, Maurício Quintella Lessa. O investimento estimado na época era de R$ 7,3 bilhões, mas quase nada saiu nestes quatro anos. De acordo com Quintella, a nova lista é bem mais realista e adequada com a situação do governo federal. Serão necessários R$ 2,4 bilhões para investimentos nos 53 aeroportos até 2020.

Outros aeroportos

Além dos 53 aeroportos, o governo terá uma lista de outras 123 unidades que poderão receber investimentos à medida que a situação econômica melhorar ou se os Estados assumirem os projetos. Além da falta de dinheiro, a lista de aeroportos foi reduzida porque 94 projetos foram considerados inviáveis. Ficavam perto de aeroportos já em operação, estavam previstos para locais inadequados, como áreas de preservação, ou não havia demanda.

Dos aeroportos que vão receber investimentos, 27 já recebem voos atualmente. Outros 11 estão numa lista que a Associação das Empresas Aéreas publicou em 2012 pedindo prioridade para injeção de recursos por causa do potencial de demanda. Segundo o ministro, a escolha dos aeroportos se deu em acordo com os Estados, bancadas no Congresso e companhias aéreas.

Fonte: Com informações da Folha de São Paulo





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