Crianças de Centro de Educação Infantil Municipal, no Jardim Laguna, revivem obras de Romero Brito

A arte transcende idade, eleva a alma e educa para a vida. Esse três motivos são suficientes para que as escolas incluam a produção artística em salas de aula. Contudo, o CEIM Branca de Neve, no Jardim Laguna, enxerga muito mais e utiliza releituras das obras de Romero Brito para promover, junto às crianças, o desenvolvimento da autonomia, imaginação e despertar o gosto pela arte e pela ecologia. As releituras estão expostas para visitação no pátio da escola.

O projeto "Releituras" foi desenvolvido com todas as crianças da escola, sempre respeitando a habilidade da faixa etária de cada uma. As obras foram recriadas com diversos materiais: telas, tintas, papeis e muitos objetos reciclados. De acordo com a pedagoga Lina Loureiro, além do contato com a arte, os alunos têm a oportunidade de vivenciar a construção de uma obra a partir de materiais que iriam para o lixo.

"A arte na educação infantil tem papel fundamental envolvendo aspectos cognitivos, sensíveis e culturais. Esses fatores, junto com a consciência ambiental que despertamos ao utilizarmos materiais reciclados na construção das obras, são muito importantes para a formação das crianças como cidadãos integrados ao meio em que vivem", afirmou a pedagoga.

Para a criança, a arte representa o mundo imaginário que ilustra parte do cotidiano devido suas imaginação fértil e cheia de fantasia. Para os adultos, a arte é cultura, civilidade e entretenimento. Unindo essas duas visões, o resultado são crianças empolgadas e pais felizes com o desempenho dos filhos na criação das releituras, conforme afirmaram Deid do Santos e Laís França, pais da aluna Ana Clara, que tem 2 anos.

"Ficamos muito maravilhados ao vermos o desenvolvimento das crianças. Ao percebermos que nossa filha faz parte desse trabalho, ficamos muito felizes e satisfeitos com o CEIM", disseram os pais da Ana Clara, Lais e Deid.

Quem é Romero Britto

Romero Britto nasceu em 06 de outubro de 1963. Ele começou sua carreira aos 18 anos em Pernambuco, mas desde os 8 anos passou a se interessar pelas artes plásticas. Britto alega ter criado seus quadros para evocar o espírito de esperança e transmitir uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por colecionadores e admiradores, de 'arte da cura'. É casado com a norte-americana Cheryl Ann Britto, com quem tem um filho, Brendan Britto. Desde 1990 mora em Miami, na Flórida, Estados Unidos.