Alunos do Castelo Branco conhecem publicitário paulista que quer chegar ao México de bicicleta

Rodrigo Cisman, de 31 anos, destacou para os alunos a importância da preservação da fauna e da flora

Alunos do Castelo Branco conhecem publicitário paulista que quer chegar ao México de bicicleta

Quando deixou sua rotina de publicitário em São Paulo para viver a aventura de viajar pela América Latina de bicicleta, Rodrigo Cisman, de 31 anos, tinha bem claro em mente um objetivo socioambiental: mostrar às novas gerações a importância da preservação da fauna e da flora dos mares. 

Seguindo sua jornada, que já dura nove meses, Rodrigo chegou a Linhares e não perdeu a chance de colocar seu projeto em prática. Na última sexta-feira (19) ele conversou com cerca de 50 alunos que cursam o 5º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Castelo Branco.

A conversa girou em torno do quanto é importante pensar também no mar como um local a ser protegido da poluição. Rodrigo mostrou as imagens que captou em seus mergulhos, que incluem desde a diversidade de espécies da costa brasileira, com seus corais, peixes pedra e peixes morcego, até o lixo com o qual esses animais acabam convivendo.

Se depender de Iaritza Virgínia Ribeiro dos Santos, de 10 anos, a mensagem de preservação aprendida no bate-papo será com certeza passada a diante. "Eu gostei muito de aprender mais sobre os oceanos e sobre os animais que vivem neles. Se esses bichos morrem a gente morre também. E eles não fazem nada com a gente. Temos é que aprender com eles", explicou a criança.

Para Rodrigo, a oportunidade de conversar com as crianças da rede municipal de ensino é uma porta para retribuir toda a ajuda que vem recebendo em sua jornada. "A ideia é fazer alguma coisa útil pelos outros no caminho. Aprendo muito nesses momentos. Vejo um brilho nos olhos deles. É uma coisa que me deixa bem realizado", contou. "O mar também está presente na vida de quem não mora no litoral, por meio do oxigênio que vem dele, pelo clima, pela comida. É essencial entender a importância dele no mundo", explicou.

Rodrigo viaja com as economias que conseguiu vendendo tudo o que tinha em São Paulo e poupando o que recebeu trabalhando na capital paulista. "Além disso, procuro trabalhar durante a viagem. Por exemplo, fiquei três meses em Ilhabela, litoral de São Paulo, em uma operadora de mergulho. Em Vitória, troquei hospedagem por fotografias em um hostel", contou.

Até chegar ao México, seu destino final, o ciclista ainda deve pedalar por pelo menos mais três anos. Os próximos 45 mil quilômetros do trajeto incluem a costa brasileira até a cidade de Manaus, a travessia até o Peru por meio do Rio Amazonas, uma visita a Machu Picchu e o caminho até o México pela costa banhada pelo Oceano Pacífico.





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