Voluntária dedica tempo e amor a 43 garotos em escolinha de futebol de Bebedouro

Uma história de dedicação e amor a garotos que sonham com o futuro no futebol. Assim é a história de Laudecy Rodrigues Bastos, de 49 anos, a Tia Lau, como é carinhosamente chamada pelos 43 garotos entre 11 e 15 anos que participam de um projeto de futebol que funciona no complexo esportivo da Prefeitura de Linhares no distrito de Bebedouro. Os encontros acontecem durante os finais de semana, sempre aos sábados e domingos, e por lá o que se vê em campo – além de muito talento, é claro! – é muita felicidade e satisfação na missão que Tia Lau escolheu para a vida.

Tudo começou quando o complexo foi inaugurado e o filho da voluntária pediu para jogar futebol no complexo. "No início não gostei muito da ideia mas lancei um desafio a ele: que montasse dois times e que depois disso além de deixá-lo jogar iria junto com ele”. O desafio foi cumprido pelo filho de Tia Lau e de lá para cá mais meninos aderiram ao projeto. Ali, em campo os jogadores-mirins sonham om o futuro no futebol mas também aprendem lições de cidadania, como respeito e amor ao próximo, além da disciplina que aplicam em casa e na escola. "Eles se tornaram cidadãos muito melhores. A gente vê a alegria no rosto de cada um e isto não tem preço”, confessa Tia Lau.

No projeto, a voluntária joga em todas as posições. Ela que corre atrás do material esportivo e dos equipamentos necessários para os treinos. "Nós não temos patrocínio nenhum. E quando não conseguimos ajuda fazemos uma vaquinha e compramos com o dinheiro do próprio bolso”, pontua. A disciplina citada lá em cima é também compartilhada pelos pais dos garotos. "Muitos melhoraram o comportamento com os pais e com os amigos. E todos eles chegam para a gente e falam desta mudança de atitude em ações e pequenos gestos do dia a dia”, contou Tia Lau.

No último fim de semana, mais precisamente no sábado (22) Tia Lau organizou uma confraternização da Páscoa. "O chocolate estava muito caro então resolvemos esperar a data passar e comprá-lo mais barato”, justificou.