Homenagem da semana com o Palhaço Risadinha: com garra e perseverança ele realizou o sonho de ser palhaço

Desde os sete anos Risadinha já sonhava em ser ator

Homenagem da semana com o Palhaço Risadinha: com garra e perseverança ele realizou o sonho de ser palhaço

Em 26 de dezembro de 1960, nascia na pequena cidade de Tambaú, interior de São Paulo, Joaquim Gonçalves de Oliveira, o nosso querido Palhaço “Risadinha”.

Filho dos trabalhadores rurais, José Gonçalves de Oliveira e Irondina Geralda da Silva, aos sete anos já ajudava o pai na lavoura e na ordenha de vacas, mas não era isso que ele queria para sua vida. Joaquim, desde essa época, aos sete anos, sonhava em ser mocinho de filmes de bangue-bangue.

Na escola, tinha o apelido de “baixinho”, por ser o menor da turma. Mas Joaquim não se importava e era o mais palhaço, no sentido de transmitir alegria, e assim, mostrava que não era de seu tamanho que eles deveriam rir, mas das brincadeiras que fazia. E enquanto divertia a turma, pensava: “Eu vou conseguir ser “mocinho” de cinema um dia”.

Em 1974, já com 14 anos e independente financeiramente, Joaquim não falava mais em ser “mocinho” dos filmes de bangue-bangue, ele queria agora era ser artista de cinema. Joaquim começou então, sua longa caminhada rumo a cidade maiores, que ofereciam mais condições para atingir seu objetivo.

Deixando Tambaú, ele foi até Santa Cruz de Estrela e ficou por lá até completar 18 anos. Seu desejo era chegar até Porto Ferreira, cidade que imaginava ser a que lhe daria todas as condições para realizar seu sonho.

Em janeiro de 1979, quando já tinha completado sua maioridade, chegou à tão esperada Porto Ferreira. Mas, ele teve uma decepção: não havia nenhum teatro ou cinema na cidade.

O agora Risadinha, apelido que recebeu dos amigos de Porto Madeira pelas suas constantes gargalhadas, não desistiu e conseguiu emprego de servente de pedreiro e se matriculou na Escola Técnica do Instituto Dr. Djalma Forjaz.

Na escola Djalma Forjaz, Risadinha conheceu a professora de Português, Maria Inês. Destino ou não, ela era responsável pelo recém formado grupo de teatro da escola, o Gete (Grupo Experimental de Teatro Evolução), e estava montando o elenco da peça “O Auto da Compadecida”, de Dias Gomes, que seria encenada no pequeno auditório da escola. Risadinha se inscreveu para participar e queria ser o palhaço da peça, mas pelo grande bigode que tinha, a professora decidiu que ele seria o cangaceiro Severino de Aracaju.

Outra montagem do Gete foi “O Palácio dos Urubus”, preparada especialmente para representar a escola no II Festival de teatro Estudantil de Tabuí, 1981. Joaquim conseguiu, então, um papel mais próximo do que desejava, e foi escolhido para viver Pemenna, o Imediato do Rei, uma espécie de “bobo da corte”. Foi uma consagração. Neste papel, Risadinha ganhou a crítica de ladrão de cena e recebeu das mãos da atriz Elizabeth Hartmann o prêmio de melhor ator coadjuvante do festival.

Em 1983, o Gete, montou a peça, “O Circo Ra-Ta-Plan”, e Risadinha realizou o sonho que tanto queria, representar o papel de palhaço no teatro. E em 1984, o Gete fez sua última peça, “Pluft, o fantasminha”.

Tento seu grupo de teatro se desfeito, Joaquim passou a se apresentar sozinho, como o Palhaço Risadinha, e por onde passava fazia “rolar no chão”, de tanto rir.

Chegando aqui em Linhares aos 23 anos, ele tornou-se motivo de orgulho para a cidade. Risadinha realiza trabalho Anti-Drogas em comunidades carentes do município e não é só isso, ele desenvolve também o Projeto Bullying nas escolas, ensinando através do teatro o que sente uma criança que sofre com o bullying. Por seus projetos sociais e por todas as benfeitorias ao município, Risadinha recebeu há três anos, o título de Cidadão Linharense.

E o talento para arrancar risos e gargalhadas da platéia é tamanho, que Risadinha se prepara para abrir o show dos Palhaços Patati Patatá, que acontecerá no próximo dia 02 de outubro aqui em Linhares.





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